O caso do tigre malaio diagnosticado com a Covid-19 num jardim zoológico de Nova Iorque veio juntar-se aos de alguns gatos e cães infetados com a doença. O que levanta a questão: estarão os animais sujeitos a apanhar a infeção? Jorge Cid, bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários diz que o contágio é residual.
"Em alguns dos casos, os gatos foram propositadamente infetados com a Covid-19 para se fazerem estudos. Ou seja, foram sujeitos a cargas virais que não se encontram no dia a dia", acrescentou, explicando que o contágio parece acontecer de humano para animal e não o contrário. "Para já, não há evidência científica de que os animais possam transmitir o vírus aos humanos", garante o bastonário.
Sobre a história do tigre, que se acredita ter sido infetado pelo tratador no jardim zoológico, Jorge Cid admite desconhecer, para já, os contornos do caso. "O que aconselho é que as pessoas estejam tranquilas e que tratem bem os seus animais. E volto a reforçar a ideia: alguém que esteja infetado com esta doença deverá atribuir a outra pessoa as tarefas de tratar do seu animal. Caso não tenha ninguém, tome medidas de higiene normal: evitar, sobretudo no caso dos cães, as lambidelas."
Em tempo de confinamento obrigatório, Jorge Cid diz que "precisamos dos nossos animais mais do que nunca". "As pessoas estão em isolamento. Pois aproveitem para usufruir da ótima companhia que são os animais, que tanto nos podem ajudar do ponto de vista emocional e psicológico", conclui.