Correio da Manhã
JornalistaCelebra-se esta terça-feira o 49.º aniversário do 25 de abril. Data será comemorada no parlamento com a habitual sessão solene, depois de uma cerimónia de boas-vindas ao presidente brasileiro, Lula da Silva.
A participação do chefe de estado brasileiro foi muito contestada, o que levou o Chega a anunciar uma manifestação contra a ida de Lula ao parlamento. Além do protesto organizado pelo partido de André Ventura, estão previstas outras três concentrações perto da Assembleia da República.
A sessão solene começará às 11h30 e estão previstos oito discursos, dos oito partidos com assento parlamentar, por ordem crescente de representatividade. No fim, discursará o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, cabendo a última intervenção ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Protestos marcam 49º aniversário do 25 de abril
As comemorações do 25 de abril estão marcadas por protestos perto da Assembleia da República. Parlamento recebe Lula da Silva, que não participará na sessão comemorativa.
Dezenas de manifestantes marcam presença no protesto, convocado pelo líder do Chega, André Ventura, contra a vinda de Lula da Silva ao parlamento.
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António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa já estão no parlamento
O primeiro-ministro e o Presidente da República já chegaram ao parlamento, para participarem na cerimónia de boas-vindas a Lula e na sessão solene do 25 de abril.
Lula da Silva já está no parlamento
Presidente brasileiro chega à Assembleia da República. São ouvidos os hinos nacionais de Portugal e Brasil.
Augusto Santos Silva é o primeiro a discursar no parlamento
O Presidente da Assembleia da República discursa na cerimónia de boas-vindas a Lula da Silva.
"Sabemos a amizade que dedica a Portugal. Em si reconhecmos um líder. Vemos um estadista que venceu eleições livres, defendendo-as sem qualquer hesitação", assume.
"Somos dois paises irmãos pela história e irmão pela liberdade democrática."
Lula da Silva aborda a guerra na Ucrânia no parlamento: "É preciso falar em paz"
Deputados do Chega mostram bandeiras da Ucrânia e cartazes com "Chega de corrupção", "Lugar de ladrão é na prisão" e bandeiras ucranianas.
Augusto Santos Silva critica deputados do Chega: "Chega de insultos e de degradarem as instituições".
Lula da Silva é aplaudido de pé por grande parte dos deputados, Marcelo Rebelo de Sousa e o Presidente da Assembleia da República.
"Nós brasileiros assistimos com admiração à revolução dos cravos", diz Lula, que cita a canção "Tanto Mar" de Chico Buarque para lembrar a distância entre os dois países.
"Um país empenhado na redução da desigualdade, contra o racismo, e empenhado na luta de género", acrescenta Lula da Silva.
O discurso de Lula da Silva termina com aplausos em pé de grande parte dos deputados. Chega substitui os aplausos por barulho ao bater com as mãos na bancada enquanto erguem cartazes de protesto.
Lula da Silva desvaloriza protestos do Chega
Lula da Silva desvaloriza protestos do Chega: "Só tenho de agradecer pelo carinho de António Costa, Augusto Santos Silva e Marcelo Rebelo de Sousa".
Começa a sessão solene comemorativa do 49º aniversário do 25 de abril
Ouve-se, mais uma vez, o hino português.
Rui Tavares é o primeiro a discursar na sessão solene do 25 de abril e avisa para democracia em risco
"É preciso que alguém o diga nesta data. A nossa democracia não só não está garantida como vive o momento de maior risco à sua existência", defende o líder do Livre.
Rui Tavares deixa ainda um aviso a quem se alia aos líderes autoritários. "O principal risco para a democracia não está nos autoritários que serão sempre uma minoria, mas sim naqueles que lhe quiserem dar a mão".
Inês Sousa Real critica protestos do Chega no momento em que André Ventura chega à assembleia
"Partilhamos do mesmo embaraço que foi assinalado por alguns", diz a líder do PAN, que critica o protesto do Chega durante o discurso de Lula.
No discurso no parlamento, Inês Sousa Real, critica as opções do Governo sobre apoios a jovens e pensionistas. "O que falta para uma verdadeira revolução social e ambiental", questiona.
Catarina Martins: "Sempre que o bafio fascista se fizer sentir, estaremos juntos para o combater"
A líder do Bloco de Esquerda cita Chico Buarque no discurso na Assembleia da República para lembrar que ainda há muito por fazer
"Saibamos nós cuidar a semente de Abril", diz Catarina Martins.
"À recusa do tanto que ficou por fazer juntam-se os recuos democráticos. Sempre que o bafio fascista se fizer sentir, estaremos juntos para o combater."
Deputado do PCP discursa no parlamento: "Democracia está há anos ameaçada de novo pelo fascismo"
Manuel Loff discursa, em nome do PCP, no parlamento e junta-se a Catarina Martins e Rui Tavares nos avisos para os perigos da extrema-direita. "A democracia está há anos ameaçada de novo pelo fascismo."
"O 25 de abril foi feito para todos nós."
Líder da Iniciativa Liberal critica ida de Lula da Silva ao parlamento
André Ventura dirige-se a António Costa: "Faça-nos um favor e parta para o Brasil"
"Que hipocrisia tremenda de dois dirigentes nacionais que dão a mão a Zelensky de manhã e a Lula à noite", defende o líder do Chega.
André Ventura mostra-se, uma vez mais, crítico da ida de Lula da Silva ao parlamento.
"De nada vale celebrar abril se não conseguirmos chegar ao que tanto os portugueses precisam", acrescenta André Ventura, aplaudido pelos deputados do seu partido.
O deputado responde também à afirmação de António Costa, que, no dia anterior, disse que não se importava de falar com "sotaque brasileiro".
"Faça-nos um favor e parta para o Brasil e vá ter com o seu amigo José Sócrates."
André Ventura citou a bíblia para dizer que "se nem os portugueses estão contra nós [Chega] não seráo vocês [deputados] a estar".
Joaquim Miranda Sarmento aponta o "governo socialista" como culpado de anos de empobrecimento
"Homenageamos aqueles que lutaram contra a opressão e ditadura, mas também homenageamos aqueles que na Ucrânia combatem contra o agressor russo", assume Joaquim Miranda Sarmento.
"Há 25 anos que não há um desígnio nacional, que empobrecemos. Que vemos os países do leste ultrapassar a nossa riqueza. Que os jovens não têm outro caminho que não seja emigrar. Somos um país cada vez mais pobre e desigual. Portugueses têm que voltar a ter esperança no futuro. Há 25 anos que estamos a empobrecer pelas consequências de um governo socialista."
João Torres: "Ataques à democracia chegam da extrema-direita"
O deputado do PS, João Torres, lembra, citando o Papa Francisco, que a resposta ao populismo é a "justiça social".
"Estamos a trilhar um caminho de progresso. Hoje o PS mostra-se firme e coerente. Sim o PS está a cumprir e a respeitar a vontade do povo português", diz.
Augusto Santos Silva agradece aos capitães de abril presentes na assembleia
Presidente da Assembleia da República começa por agradecer o trabalho dos capitães de abril, dirigindo-se aos "capitães" presentes no parlamento.
Augusto Santos Silva lembra a "ciclicidade" da democracia para avisar que "nenhum poder é eterno". "Devemos respeitar o tempo de cada instituição sem atropelos", acrescenta.
"Há um tempo para decidir e outro para escutar", Augusto Santos Silva cita a bíblia depois de recordar, com ironia, que "estamos num dia de citar a bíblia".
Marcelo: "Como podemos nós, pátria de emigração, ser egoístas com os dramas que são dos outros?"
Marcelo Rebelo de Sousa evoca o 25 de abril, como "um momento singular na história portuguesa".
"Para a maioria dos portugueses a liberdade nasceu com o 25 de abril. Momento só possível pela coragem dos valorosos capitães de abril."
O presidente da República afirma, também, que os saudosistas do Estado Novo vêm este período "como um 24 de abril que não existiu. É um refazer da história".
"Anseia-se por uma democracia ainda melhor. Anseia-se por mais crescimento", acrescenta.
Marcelo Rebelo de Sousa defende ida de Lula ao parlamento e é aplaudido no parlamento. "Faz todo sentido o encontro de hoje".
Marcelo recorda as suas origens brasileiras, que espelham a realidade de muitas pessoas com nacionalidade portuguesa para questionar egoísmo com os migrantes. "Como podemos nós, pátria de emigração, ser egoístas com os dramas que são dos outros?".
Discurso do Presidente da República é amplamente aplaudido pela assembleia.
Milhares de pessoas desfilam na Avenida da Liberdade no 49.º aniversário do 25 de abril
Milhares de pessoas estão esta terça-feira a desfilar na zona do Marquês de Pombal para o tradicional desfile popular do 25 de abril, onde terão lugar os habituais discursos.
Cerca de uma hora antes do início do desfile, marcado para as 15h00, a zona do Marquês de Pombal já estava ocupada por cidadãos, identificados com partidos políticos e anónimos, com cravos vermelhos, apitos, megafones, tambores e faixas com palavras de ordem.
Pede-se "trabalho, igualdade, ambiente, escola pública" e o "aumento real dos salários" no muitos cartazes empunhados por pessoas que se vão movimentando ao logo da avenida, antes mesmo do início oficial do desfile.
Entre os manifestantes, a pouco mais de meia hora para do início do desfile era já bem audível o som do protesto de algumas centenas de professores a ocupar a lateral do Marquês, na rua Braamcamp, atrás de uma faixa do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP), onde se pode ler "Só não há dinheiro para quem trabalha".
Lusa
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Augusto Santos Silva admite que às vezes tem de fazer "uns ralhetes" no parlamento
O presidente da Assembleia da República afirmou esta terça-feira ser sua obrigação cumprir o Regimento, explicando a crianças que visitavam o parlamento que, por vezes, "é preciso fazer uns ralhetes", depois de ser elogiado pela atitude com o Chega.
Na tarde do dia 25 de Abril, e como já vem sendo habitual, Augusto Santos Silva percorreu os vários espaços do parlamento, esta terça-feira de portas abertas até às 18h30, foi abordado para tirar 'selfies', respondeu a perguntas de estudantes sobre o funcionamento da Assembleia da República e houve até um cidadão que lhe deu "os parabéns" pela forma como lidou com o episódio de esta terça-feira de manhã na sessão solene de boas vindas ao Presidente do Brasil, Lula da Silva.
Questionado mais tarde pelos jornalistas sobre estes elogios, ao mesmo tempo que falava com uma turma de alunos do primeiro ciclo, Santos Silva procurou dar uma resposta pedagógica.
"A minha obrigação é cumprir o Regimento, o Regimento é um livrinho que diz as regras que temos de seguir e eu tenho a responsabilidade de fazer com que toda a gente cumpra as regras. Às vezes, é preciso fazer assim uns ralhetes, dá-se uns ralhetes, como os vossos professores", explicou.
Lusa
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António Costa comenta protesto do Chega e diz que partido "não se sabe comportar"
O primeiro-ministro, António Costa, lançou esta terça-feira duras críticas ao Chega pelo protesto no Parlamento contra o presidente do Brasil, Lula da Silva, e referiu que o partido "não se sabe comportar" e que "não tem respeito pelas instituições".
"Relevante não é o que o Chega fez, mas o que todos os outros [partidos] fizeram", acrescentou o chefe do Governo.
"Chega foi o que o Chega é", lamentou ainda António Costa.
O primeiro-ministro afirmou ainda que a sessão "não foi empobrecida pelo comportamento incivilizado do Chega". "Só ajudou os portugueses a perceber o que é o Chega", sublinhou.
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