Proposta estabelece ainda um encargo de cerca de 58 mil euros para a "manutenção preventiva" destes equipamentos e serviços.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou hoje um investimento de cerca de 900 mil euros na aquisição de equipamentos informáticos para alunos carenciados do 3.º e 4.º anos de escolaridade.
A proposta, subscrita pelo vereador da Educação, Manuel Grilo (BE - partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS), contou com a abstenção do PCP e os votos favoráveis das restantes forças políticas (PS, CDS-PP, PSD e Bloco).
O documento, a que a agência Lusa teve acesso e que foi aprovado em reunião pública do executivo municipal, realizada por videoconferência, prevê também um gasto de 81.515 euros no fornecimento de uma plataforma de aprendizagem que, segundo Manuel Grilo, vai permitir "recuperar um conjunto de matérias centrais no currículo do 1.º ciclo".
A proposta estabelece ainda um encargo de cerca de 58 mil euros para a "manutenção preventiva" destes equipamentos e serviços.
A Câmara de Lisboa avançou na terça-feira, em comunicado, que prevê entregar na próxima semana "3.319 computadores portáteis e 3.319 'routers 4G' a alunos dos escalões A e B de apoio social, dos quais 254 são adaptados para alunos com necessidades educativas especiais".
Os alunos que irão receber os equipamentos foram sinalizados como não dispondo em casa de meios tecnológicos para acompanhar o ensino de aulas não presenciais, determinado devido à pandemia da covid-19.
Assim, de acordo com a autarquia, estas crianças passarão "a dispor de melhores condições de aprendizagem com um equipamento adequado ao contexto de ensino à distância".
Os computadores e 'routers' poderão ser utilizados "até ao final do ano letivo ou enquanto as aulas presenciais não regressarem".
Posteriormente, os equipamentos agora adquiridos pela autarquia serão usados para equipar as salas de aula do 1.º ciclo de Lisboa, "acelerando a transição digital destas escolas a cargo da CML, e contribuindo para alargar o leque de opções pedagógicas à disposição dos professores em ambiente de sala de aula, nomeadamente com recurso a plataformas interativas", indicava a mesma nota.
Intervindo na reunião de hoje, o vereador do PCP João Ferreira criticou "a forma algo atabalhoada" como "esta questão tem vindo a ser tratada" e recordou que numa proposta aprovada há duas semanas pela câmara foi feito um diagnóstico da realidade dos agregados familiares com alunos a frequentar o 1.º ciclo", argumentando que agora há uma dissonância "estranha" nos números.
O eleito defendeu ainda que os agrupamentos "não sabem quantos computadores vão ter nem quando", manifestando preocupação com uma "aparente falta de articulação" da câmara com os estabelecimentos de ensino.
Em resposta, o vereador da Educação, Manuel Grilo, justificou o "impacto educativo" nos alunos do 1.º e 2.º anos "não seria tão grande como para os do 3.º e 4.º anos".
"Na cidade de Lisboa existem muitas famílias com carências socioeconómicas que as impedem de assegurar o acesso aos meios informáticos às respetivas crianças e, nessa medida, a CML não poderá deixar de garantir esse acesso às crianças das suas escolas", salienta a proposta do autarca.
Conforme o Governo já anunciou, as aulas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos irão continuar em ensino à distância até ao final do ano letivo, em fim de junho.
Portugal contabiliza 989 mortos associados à covid-19 em 25.045 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.
Relativamente ao dia anterior, há mais 16 mortos (+1,6%) e mais 540 casos de infeção (+2,2%).
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