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Mais de 3 mil pessoas manifestam-se em Lisboa libertação de portugueses da flotilha

Durante o protesto, foram ouvidas críticas ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

04 de outubro de 2025 às 16:09
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Mais de três mil pessoas manifestam-se em Lisboa pela libertação de portugueses da flotilha

Mais de 3 mil pessoas juntaram-se este sábado na manifestação a favor dos detidos da Flotilha Global Sumud, que percorreu Lisboa, entre as praças do Martim Moniz e do Rossio, segundo a Polícia de Segurança Pública, que acompanhou o percurso.

"Estava prevista a participação de 500 pessoas e entraram 3.000 pessoas, agora, no final da manifestação. Estou seguro de que esse número foi largamente ultrapassado", disse um elemento da polícia à agência Lusa, no termo da manifestação, que chegou ao Rossio às 16h55.

Joana Mortágua, irmã da deputada e coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, detida em Israel desde o passado dia 01, também desfilou na concentração.

Escusando-se a prestar declarações, este sábado, sobre o processo, Joana Mortágua corroborou apenas à Lusa que as últimas notícias que tem da irmã e dos outros três portugueses detidos em Israel datam de sexta-feira.

"Apesar de toda a pressão internacional, Israel voltou hoje a bombardear Gaza", concluiu.

O antigo dirigente do Bloco de Esquerda Fancisco Louçã e o candidato do PCP às eleições presidencias, António Filipe, contaram-se entre os participantes na manifestação.

Em declarações à Lusa, Francisco Louçã disse que o movimento a favor de uma Palestina livre alcançou "uma dimensão enorme a nível mundial".

"É impossível parar este movimento contra o governo de Israel, tal como se tem visto nas manifestações pela Europa", afirmou.

Francisco Louçã reiterou não haver notícias desde sexta-feira dos detidos portugueses que participaram na Flotilha Global Sumud.

Críticas ao ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, fazem-se ouvir nos pequenos discursos a decorrer na Praça D. Pedro IV, Rossio, em Lisboa, responsabilizando-o por "pactuar" com o "governo assassino de Israel".

Já antes, enquanto desfilavam pelas ruas de Lisboa, um dos 'slogans' gritados em uníssono foi "Paulo Rangel, Paulo Rangel, pau mandado de Israel".

A palestiniana Serena Sabat, uma das pessoas que discursou no Rossio, chamou à atenção para o "genocídio" que Israel continua a cometer contra o povo palestiniano, considerando que o "mundo inteiro" não pode continuar a permitir que tal aconteça.

"Paulo Rangel liberta os nossos" e "Palestina Livre" foram as palavras de ordem mais ouvidas nos discursos finais da manifestação ainda que os participantes continuem mobilizados no Rossio.

No cruzamento entre a Rua Áurea e a Rua da Conceição, um popular provovocou os manifestantes, tendo a polícia atuado de imediato e formado um cordão para impedir eventuais agressões.

Também os organizadores da manifestação apelaram de imediato à calma, sublinhando tratar-se de uma manifestação pela paz.

"Agora, agora, agora, agora que estamos juntas/ agora que estamos juntas/ agora que nos veem/ abaixo o sionismo que vai cair, que vai cair/ e viva a Palestina a resistir, a resistir", cantou-se no Rossio, ao som de palmas.

"Ocupa, bloqueia, pela Palestina" é outra das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes que permanecem no Rossio, empunhando bandeiras da Palestina, e onde se veem também algumas do Bloco de Esquerda.

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