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Cerca de duas centenas de trabalhadores da administração local protestam em Lisboa

Trabalhadores exigem valorização do trabalho e das carreiras.

28 de fevereiro de 2025 às 15:47

Cerca de duas centenas de trabalhadores da administração local de várias zonas do país concentraram-se esta sexta-feira na Praça da Figueira, em Lisboa, exigindo a valorização do trabalho e das carreiras, seguindo depois em protesto até ao Ministério das Finanças.

Oriundos de várias regiões do país, os manifestantes empunham bandeiras dos respetivos municípios de origem, tornando visível a presença de trabalhadores da administração local de cidades como o Porto, Aveiro, Guarda, Évora, Matosinhos, Castelo Branco ou Lisboa.

Entre os trabalhadores em protestos estão sobretudo assistentes operacionais, nomeadamente auxiliares de escolas, funcionários da higiene urbana, entre outros.

Em cartazes lê-se "É urgente atualizar suplementos remuneratórios", "Aumentar todos os salários em 15%, mínimo 150 euros", "É urgente revogar o SIADAP [sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública]" e "Regulamentar suplementos de disponibilidade e piquete".

O protesto faz-se ouvir no centro de Lisboa com os tradicionais carros de apoio da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), com responsáveis da organização a falar ao microfone palavras de ordem que são depois repetidas pelos trabalhadores.

Cerca das 15:00, os manifestaram deixaram a Praça da Figueira, para seguir a pé até ao Ministério das Finanças, no Terreiro do Paço.

Esta manifestação insere-se na greve dos trabalhadores da administração local, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), afeto à CGTP, que se realiza esta sexta-feira, por aumentos salariais e valorização de carreiras.

A greve abrange sobretudo os assistentes operacionais das escolas, no dia em que decorrem tradicionalmente os desfiles de Carnaval escolares, e os trabalhadores da higiene urbana, tanto os que iniciaram os turnos antes das 00:00 desta sexta-feira como aqueles cujos horários de trabalho terminem após as 24:00, podendo por isso o funcionamento das escolas e a recolha do lixo serem afetados.

Em simultâneo com esta greve decorre o terceiro dia de uma outra convocada pela Federação Nacional de Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), para reivindicar uma resposta aos problemas dos trabalhadores das carreiras gerais da função pública, e que esta sexta-feira é dirigida também aos assistentes operacionais.

Segundo o STAL, o protesto foi convocado para exigir um aumento intercalar dos salários, a revogação do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP), que considerou "um retardador da evolução dos trabalhadores", 35 horas de trabalho semanal para todos e a valorização das carreiras.

O sindicato destacou que a taxa de inflação atingiu níveis históricos nos últimos anos e, no pré-aviso de greve, indicou pretender um aumento salarial de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros, aplicado aos 749 mil trabalhadores da Administração Pública.

O STAL reivindicou ainda um aumento dos suplementos de penosidade e insalubridade e que estes subsídios sejam alargados a outras funções e categorias de assistentes operacionais.

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