Coordenador do Sindicato de todos os Professores pediu a duas centrais sindicais para marcarem, o quanto antes, uma greve geral.
A CGTP assegurou esta segunda-feira estar a acompanhar a luta dos professores e de todos os profissionais cujas condições de trabalho foram degradadas, mas escusou-se a comentar o pedido do STOP, remetendo os protestos para o dia de indignação, agendado para quinta-feira.
"Eu não vou responder a isso. A CGTP tem a sua ação e atividade. Organiza a luta dos trabalhadores e tem vindo a desenvolver a sua intensíssima luta, desde sempre, e também no último ano, com a brutal degradação das condições de vida e de trabalho, a que estamos a assistir neste país, fruto de problemas estruturais e de opções dos sucessivos governos, como baixos salários, precariedade, horários longos e desinvestimento nos serviços públicos", afirmou a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, em declarações à Lusa.
O coordenador do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) disse, este domingo, que enviou um pedido às duas centrais sindicais para marcarem, o quanto antes, de preferência ainda este mês, uma greve geral.
"A CGTP [Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses] condenou, e bem, este atentado ao direito à greve e nós apelámos, também à UGT [União Geral de Trabalhadores] para marcarem uma greve geral", afirmou, na altura, à agência Lusa, André Pestana.
Isabel Camarinha recordou esta segunda-feira que a CGTP convocou um dia de indignação e protesto para esta quinta-feira, tendo por objetivo mobilizar todos os trabalhadores, cujas condições se têm vindo a degradar, onde se incluem, conforme notou, os professores e os restantes profissionais do setor da educação.
A secretária-geral da CGTP vincou que a escola pública é um "bom exemplo" do desinvestimento nos serviços da administração pública, à semelhança do que acontece com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Foi neste contexto que decidimos convocar para o dia 09 de fevereiro um dia nacional de indignação, protesto e luta. É nisto que estamos empenhados [...]. Este dia quer agregar o descontentamento que existe em todos os setores de atividade, mas também nas diversas camadas da população, como reformados e pensionistas", referiu.
Neste sentido, Isabel Camarinha defendeu que "todos os que se identifiquem com os objetivos" que a CGTP definiu para este dia de luta "têm uma boa oportunidade para juntar o seu protesto, indignação e exigência de resposta aos problemas".
A líder da intersindical perspetivou uma grande adesão dos trabalhadores a este dia de protesto pela subida dos salários, contra o aumento do custo de vida e pelo controlo de preços, justificando ter indicadores que apontam para "um enorme número de trabalhadores em greve, ações de paralisação, concentrações, plenários".
Instada a responder se todos os trabalhadores, em particular os professores, que se identifiquem com estas reivindicações podem demonstrar o seu descontentamento nas ações previstas para quinta-feira, Isabel Camarinha vincou que os professores, "nomeadamente os que estão organizados nos sindicados da CGTP, da Fenprof [Federação Nacional dos Professores], têm estado a desenvolver uma intensíssima luta", onde se incluem greves de 24 horas em todos os distritos, que juntam "centenas ou milhares" de pessoas, bem como manifestações.
"Naturalmente que, no dia 09 de fevereiro, todos os trabalhadores que estejam abrangidos por pré-avisos de greve poderão participar nas ações que vamos realizar e nas greves em si", concluiu.
Na quinta-feira, no âmbito da jornada de luta, agendada pela CGTP, vão decorrer concentrações e plenários em Faro, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Funchal (Madeira), norte alentejano, Porto, Santarém, Vila Real, Viseu e Setúbal.
Já esta segunda-feira a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública mostrou-se solidária com a marcação deste dia de luta, reconhecendo a "justeza das reivindicações que se colocam".
Em comunicado, a Frente Comum apelou aos seus sindicatos para que se envolvam, participem e mobilizem os seus associados para as ações que vão decorrer.
A Lusa também contactou a UGT sobre o pedido do STOP, mas não obteve resposta.
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