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Criopreservação para mulheres com cancro

AR recomenda criação de programa de fertilidade para doentes.

11 de agosto de 2015 às 01:00

O Parlamento recomendou ao Governo a criação de um programa de criopreservação dos ovócitos de mulheres com cancro. Esta iniciativa é considerada positiva pelos especialistas, que defendem o direito destas doentes à maternidade, apesar de ser reconhecido que a decisão poderia ter sido tomada há anos.

"O Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) recomendou, em 2009, que fosse feita a recolha de material genético de todos os doentes oncológicos, mesmo dos que ainda não atingiram a idade fértil", explicou ao CM Eurico Reis, presidente do CNPMA, lamentando que tenham passado seis anos desde essa tomada de posição. "Não estamos a fazer papel de Deus, estamos a ajudar seres humanos a serem felizes", sublinha o responsável.

A recomendação foi também recebida com satisfação por Daniel Pereira da Silva, presidente da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia. "Coimbra, por exemplo, já oferece este serviço. Não são precisos grandes investimentos, é preciso articular os meios existentes", afirma.

A Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR) está atualmente a desenvolver uma proposta para uma rede de referenciação nesta matéria. "Este trabalho já se vai fazendo, mas ganha outra legitimidade até para se poderem exigir as condições necessárias", diz Ana Teresa Santos, presidente da SPMR, referindo ainda a necessidade de aumentar para 100% a comparticipação dos medicamentos para a infertilidade.

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