page view

Crise na natalidade: "Tsunami silencioso"

Pedidas medidas urgentes para os próximos 20 anos.

17 de março de 2015 às 00:29

A crise da natalidade é um tsunami silencioso que compromete o futuro do País. É preciso um acordo sério de regime para se conseguir o equilíbrio geracional", alertou ontem Octávio Ribeiro, diretor do CM e da CMTV, na abertura da conferência ‘A Crise da Natalidade e o Futuro do País: Temos Respostas?’, que juntou na Pousada de Viseu centenas de pessoas. Entre eles, Joaquim Azevedo, presidente da Comissão para a Política da Natalidade (CPN).

País precisa de mais 40 mil bebés por ano

"A situação é demasiado grave, mas a generalidade das pessoas não tem consciência da gravidade da situação em termos de futuro", referiu Joaquim Azevedo, para quem o problema "deve ser combatido com medidas estruturantes e coerentes para os próximos 20 anos, para cinco legislaturas".

Na conferência, organizada pelo CM/CMTV e Câmara de Viseu, foi revelado que, no próximo dia 10 de abril, vão ser debatidas na Assembleia

da República várias medidas para inverter o ciclo (ver texto ao lado), e foi apresentada uma previsão aterradora: se nada for feito, em 2050, Portugal poderá ter uma população que oscila entre seis e oito milhões de habitantes. "Os municípios não podem fazer tudo, mas podem fazer muito", disse Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu, que anunciou 20 medidas de apoio à natalidade e às famílias numerosas (ver quadro ao lado). No âmbito da promoção à natalidade, realiza-se, sábado à tarde, a 3ª edição da Gala ‘Viva a Vida’, no Multiusos de Viseu.

Deputados não assumem consenso

Todas as pessoas que ontem participaram na conferência ‘A Crise da Natalidade e o Futuro do País: Temos Respostas?’ foram unânimes em considerar que a baixa natalidade é um "problema gravíssimo" para o País e que é preciso "remover obstáculos para as famílias". Quando se chegou à conclusão de que isso só se conseguirá se houver "um acordo entre todos os partidos", começaram as divergências. Nenhum dos deputados que ontem se sentaram no segundo painel da conferência disse categoricamente que era possível conseguir-se um acordo, um pacto ou um consenso. Os deputados Hugo Soares (PSD), Elza Pais (PS), Teresa Anjinho (CDS), Paula Santos (PCP) e Pedro Filipe Soares (BE) usaram vários argumentos para defenderem os seus pontos de vista, mas nunca se comprometeram com um "pacto suprapartidário" que todos pediram e que o País precisa. Para 10 de abril está previsto o debate na Assembleia da República onde os partidos vão apresentar propostas de incentivo à natalidade. 

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8