Governo tem como prioridade arranjar formas eficazes de sensibilizar a população para o contágio do vírus.
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O primeiro-ministro, António Costa, convocou para esta sexta-feira uma reunião urgente do gabinete de crise, constituído por membros do Governo. Ao que o Correio da Manhã apurou, na origem da convocatória está “o aumento significativo” de novos casos de infeção no País, que tem preocupado o líder do Executivo.
“O objetivo é retomar os pontos de situação sobre a Covid-19 a todos os níveis, com todas as entidades, tal como aconteceu entre março e o final de junho, que foi quando decorreu o último encontro. Agora, numa altura em que as reuniões do Infarmed também já regressaram, era expectável que isto acontecesse, sobretudo quando se olha para números como os de hoje [quinta-feira]”, disse ao CM fonte ligada ao Governo.
Uma outra fonte, também ligada ao Governo, esclarece que a prioridade é “arranjar formas eficazes de sensibilizar a população”, numa altura em que já é esperada uma segunda vaga do novo coronavírus em Portugal.
A convocatória aconteceu no dia em que Portugal contabilizou mais 10 mortes, 770 novos casos de infeção com o novo coronavírus e em que 1,2 milhões de alunos dos 1º ao 12º anos regressaram à escola (ver mais na pág. 22). No total, mais de 5300 estabelecimentos escolares públicos e mil privados voltaram a funcionar em pleno mas, apesar das novas regras devido à pandemia, houve casos em que o distanciamento social ficou aquém do recomendável.
Na Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, os alunos amontoaram-se no acesso feito por uma única porta estreita. “Não vale a pena terem planos muito elaborados, com grupos ‘bolha’ e circuitos de circulação, quando depois os miúdos estão todos uns em cima dos outros, à espera para entrar", criticou um pai, que pediu o anonimato.
Na Escola Secundária Infanta Dona Maria, em Coimbra, o mesmo cenário: as aulas até começaram mais cedo, mas tal não evitou que durante a manhã se registasse ajuntamento de alunos à entrada da escola. Mais a norte, o panorama repetiu-se: ainda não eram 08h00 e havia já um aglomerado de alunos e pais à porta da Escola Clara de Resende, no Porto. Havia apenas uma funcionária a fazer a desinfeção dos estudantes.
Ainda assim, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos, Filinto Lima, fez um balanço positivo do início do ano letivo, marcado por um misto de “ansiedade e saudade” por parte de todos: alunos, docentes e pais. n
Sala de chuto junto a escola A instalação de uma unidade fixa de consumo assistido de drogas (vulgo sala de chuto) perto de um jardim de infância e de várias escolas na freguesia do Lumiar, em Lisboa, levou à apresentação de uma queixa à Procuradoria-Geral da República e à Provedoria de Justiça.
Os eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia do Lumiar denunciam que a localização da sala de chuto (cuja instalação vai custar aos contribuintes cerca de 900 mil euros), na zona do bairro da Cruz Vermelha, “viola, de forma ostensiva e provocatória, o decreto que estabelece que a localização das salas de consumo assistido deve, tanto quanto possível, evitar a exposição a não utentes” .
A instalação da sala de chuto na freguesia do Lumiar (liderada por Pedro Delgado Alves, do PS) tem merecido desde o seu anúncio a crítica e oposição dos moradores, que se queixam de não terem sido auscultados no processo de decisão sobre a instalação do equipamento.
A freguesia do Lumiar é uma das mais populosas da cidade (45 mil habitantes) e uma das freguesias com maiores contrastes: no mesmo território coexistem o Golfe Paço do Lumiar, Telheiras, Quinta das Conchas, Alta de Lisboa e Musgueira. n e.n.
Obras em escola do Seixal há dez anos por acabar
Foi em 2010 que obras de melhoramento na Escola Secundária João de Barros, em Corroios, no Seixal, começaram e 10 anos depois continuam por acabar. O presidente da Câmara do Seixal juntou-se esta quinta-feira a um protesto, à porta da escola, para pedir que o Governo tome uma atitude. “Será das piores situações do País, com professores e alunos a trabalhar e a aprender em contentores e monoblocos pré-fabricados, sem condições”, explicou Joaquim Santos. A situação de 1200 alunos causa maior preocupação à comunidade escolar devido à pandemia, notou. n s.g.
Troncos de árvores em protesto de pais por turma mista
“Há uma sala vazia, mas criaram uma turma mista do 1º e 2º anos. As crianças podiam cumprir o distanciamento e, pior, estão em níveis diferentes de estudo, o que vai ser muito prejudicial para eles.” A certeza é de Fátima Lopes, esta quinta-feira à porta da Escola Básica de Roriz, em Barcelos, em protesto contra a criação da turma mista. Por isso, 50 alunos ficaram em casa e os portões foram bloqueados com troncos de árvores.
Oeiras contrata 46 auxiliares
A Câmara Municipal de Oeiras vai contratar 46 auxiliares e oito assistentes técnicas para as escolas do concelho, de forma a garantir o cumprimento do rácio definido para cada estabelecimento e reforçar a limpeza e a segurança.
Sabugal leva 60 alunos de táxi
Neste ano letivo, 60 crianças do Sabugal são transportadas de táxi para a escola, no âmbito de uma medida municipal que assegura transportes gratuitos para todos os estudantes. Cerca de 500 alunos vão de autocarro.
Viseu investe mais de dois milhões
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, disse esta quinta-feira que a autarquia investiu mais de 2 milhões de euros no início do ano letivo. Inclui transportes e refeições escolares e compra de material.
Transportes preocupam em Trás-os-Montes
O Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública indicou esta quinta-feira que, afinal, recebeu preocupações dos autarcas das Terras de Trás-os-Montes com os transportes escolares devido à contenção da Covid-19. A Comunidade Intermunicipal denunciou há mais de uma semana a falta de transportes em algumas zonas do território: o distanciamento físico obriga a levar menos alunos por viagem e não há viaturas para reforçar o serviço.
Colégio com 566 alunos preparado para iniciar as aulas
No Colégio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, com 566 alunos, “todos têm de usar máscara, há circuitos de circulação definidos e desencontrados consoante os anos de escolaridade e quatro pontos de higienização das mãos”, disse Susete Cardoso, adiantando que nas salas o “material comum é desinfetado”. Ao início de cada bloco de aulas é feita a medição de temperatura dos alunos por infravermelhos. n F.G.
“Prioridade é a segurança”
Cerca de 500 alunos regressaram esta quinta-feira à Escola Poeta Al Berto, em Sines. “A segurança dos alunos é a nossa prioridade e por isso cada turma tem uma sala fixa”, disse a diretora, Paula Lopes. O 3º Ciclo tem aulas de manhã, o Secundário à tarde.
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