Já foi retirada a madeira ardida do pinhal do Rei, estando previsto que, até 2022, esta concluído todo o plano previsto.
1 / 3
O presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Nuno Banza, afirmou esta quarta-feira que já foram rearborizados 1.039 hectares de um total de cerca de 2.500 do Pinhal do Rei, em Leiria.
"Posso dizer hoje que estão rearborizados 1.039 hectares de um total de 2.520 que devem ser intervencionados", disse Nuno Banza, que falava na Comissão de Agricultura e Mar, no parlamento, a requerimento do Bloco de Esquerda.
De acordo com o presidente do ICNF, já foi retirada a madeira ardida do pinhal do Rei, estando previsto que, até 2022, esta concluído todo o plano previsto e que inclui a intervenção e beneficiação em 38 quilómetros de rede viária florestal.
Nuno Banza assegurou aos deputados que "a madeira mais valiosa já foi cortada", reiterando que, desse plano, estão "cumpridos 3.600 hectares".
"O ICNF tem vindo a cumprir com a identificação da madeira no terreno e com o plano de corte. Praticamente toda a madeira identificada como mais valiosa já foi retirada, sendo que a madeira com destino à industria dos painéis e da energia, considerada de menor valor, será retirada seguindo as indicações da comissão científica, designadamente na orientação de que não deve ser colocada toda no mercado de venda", pois pode não ser toda comprada e o Estado não conseguir retirá-la.
O responsável alertou ainda que o "tempo florestal é de décadas", "não se compadecendo com metas de curto prazo" no âmbito da reflorestação, reconhecendo, no entanto, que há medidas que têm de ser feitas a curto prazo.
"O planeamento florestal será realizado em décadas, o próprio pinhal de Leiria é centenário, a escala temporal não é aquela que gostaríamos mas é a escala natural de um pinhal e essa não conseguimos controlar", afirmou.
Nuno Banza recordou que, nos 10% de floresta que não ardeu, em 15 de outubro de 2017, já foram realizadas várias intervenções, entre as quais a limpeza de gestão de 200 hectares, além do controlo de espécies invasoras.
Apesar de, até ao momento, só ter havido uma época de reflorestação desde os incêndios de 2017, Nuno Banza lembrou que têm de ser "respeitadas as épocas de reflorestação", habitualmente no outono, devido ao calor do verão que pode 'matar' a plantação.
Nuno Banza avançou que, no pinhal do Rei, onde há áreas de dunas litorais, aquilo que será reposto é a espécie de pinheiro bravo, considerando que o que irá valorizar o pinhal será a "criação de mosaicos diversos, com outras espécies e que criará uma maior resiliência do próprio" pinhal.
O responsável acrescentou ainda que, apesar do desejo das pessoas em ver cortada toda a madeira ardida, há zonas em que esse corte não é defendido pelos especialistas, devido à proteção do cordão dunar.
Aos deputados Nuno Banza avançou que o organismo a que preside iria revelar proximamente a verba que resultou da venda da madeira queimada e a quantidade da mesma, entre outros dados que, no momento, não tinha disponíveis.
Os incêndios de 15 de outubro destruíram cerca de 190.000 hectares de floresta, que correspondem a 45% da área ardida em todo o ano de 2017.
Em dados fornecidos à Lusa em 21 de junho, o ICNF avançou que, em 2017, efetuou ações de estabilização de emergência pós-incêndio, que, em 2018, realizou ações de controlo de plantas exóticas invasoras e que, em 2018 e 2019, foram executadas ações de rearborização em 1.039 hectares.
O ICNF revelou ainda os investimentos programados entre 2019 e 2022, num total de 4,4 milhões de euros.
Segundo o ICNF, vão ser investidos cerca de dois milhões de euros na rearborização de ardidos, numa área de 1.482,12 hectares, e 1,4 milhões de euros na beneficiação de 28,3 quilómetros de rede viária florestal.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.