Estudo defende a passagem da linha pela margem esquerda do Tejo, beneficiando diretamente localidades como Santarém, Almeirim, Ourém e Fátima.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo manifestou esta quarta-feira satisfação pela existência de uma proposta alternativa para o traçado da Linha de Alta Velocidade no acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa, destacando benefícios em termos de coesão territorial.
"Foi-nos apresentado um trajeto que beneficia a região e, diria mais, todo o interior, com um sentido de coesão territorial e de valorização do Médio Tejo", disse à Lusa o presidente da CIM, com sede em Tomar, na sequência de uma reunião com os promotores da proposta de novo traçado da Linha de Alta Velocidade (LAV) no acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), previsto para Alcochete.
"Ficámos muito interessados e com boas expectativas de que este novo traçado corresponda melhor a um equilíbrio necessário do ponto de vista da coesão territorial e que serve esta região de forma muito mais eficaz do que o trajeto inicial", afirmou Manuel Jorge Valamatos, da CIM Médio Tejo, entidade que agrega 11 municípios do distrito de Santarém.
O estudo para um novo traçado entre o Porto e Lisboa, correspondente à ligação entre Soure e Carregado e apresentado aos autarcas do Médio Tejo, foi desenvolvido pela GV Consultores de Engenharia em parceria com a ADFERSIT, Associação para o Desenvolvimento dos Transportes em Portugal e a Confederação Empresarial de Portugal (CIP).
O estudo, a que a Lusa teve acesso, defende a passagem da linha pela margem esquerda do Tejo, beneficiando diretamente localidades como Santarém, Almeirim, Ourém e Fátima, bem como várias cidades do Médio Tejo, entre as quais Entroncamento, Tomar e Abrantes, estendendo a ligação a Castelo Branco, Covilhã e Guarda.
Esses locais são mencionados como beneficiados pela proposta da LAV Lisboa, Porto (Soure) pela margem esquerda do Tejo, com estações intermediárias que atendem às necessidades regionais e turísticas.
A proposta prevê subestações intermédias de Leiria/Fátima e Santarém que respondem a dinâmicas regionais e turísticas, como o turismo religioso em Fátima, estimando captar parte dos cinco milhões de visitantes anuais, e o desenvolvimento industrial em áreas como Marinha Grande e Leiria.
Entre as vantagens apontadas estão a melhoria da coesão territorial, a redução de custos de construção e de expropriação por atravessar zonas mais planas e menos povoadas, a diminuição do impacto ambiental e a maior viabilidade económica, já que o traçado, segundo os promotores, poderá representar uma poupança de cerca de 3,6 mil milhões de euros (3,6 MME) em comparação com alternativas anteriores.
Em termos da infraestrutura, o traçado proposto tem menos viadutos, menos passagens superiores e inferiores, com a eliminação de túneis subterrâneos entre Vila Franca e o acesso à nova ponte sobre o Tejo.
No documento é referido ainda que, "até à data, não se verificou a necessidade de existência de qualquer túnel, exceto na transposição do NAL, que acabará por ser comum às duas soluções".
Ainda segundo o documento, o tempo de viagem previsto entre Lisboa-Oriente e o ponto de ligação em Soure, num percurso de 175 quilómetros, poderá ser de cerca de 40 minutos, com velocidade máxima de exploração de 280 quilómetros por hora.
O presidente da CIM do Médio Tejo, Manuel Jorge Valamatos, destacou à Lusa a relevância da solução do ponto de vista da coesão territorial, sublinhando ainda o impacto financeiro positivo da proposta, que reduz o investimento nacional previsto.
"Até do ponto de vista económico, parece que o país ganha com este novo traçado, mais próximo do Médio Tejo, e nós ficámos muito recetivos a poder apoiar esta iniciativa, porque tem um sentido de maior equidade, dando às zonas do interior mais proximidade e valorização", acrescentou.
O autarca adiantou que a CIM irá analisar detalhadamente o estudo e preparar uma posição formal, mas deixou claro que a proposta "merece toda a consideração", mostrando-se confiante no seu contributo para um desenvolvimento mais equilibrado do território.
A linha de alta velocidade Porto-Lisboa, em via dupla eletrificada, vai permitir uma velocidade máxima de 300 quilómetros/hora e destina-se exclusivamente a tráfego de passageiros.
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