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Hospital de Penafiel diz que idosa que morreu nas urgências estava em "fim de vida"

Mulher, com cerca de 80 anos, morreu enquanto esperava para ser atendida. Ordem dos Enfermeiros fala em "situação caótica".

03 de janeiro de 2024 às 00:36
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Hospital de Penafiel diz que idosa que morreu nas urgências estava em 'fim de vida'

Uma mulher com cerca de 80 anos morreu na noite desta terça-feira no Hospital Padre Américo, em Penafiel, enquanto aguardava na maca para ser atendida, avançou o Porto Canal.

Há mais de 77 doentes internados e nove ambulâncias retidas no hospital. O tempo médio de espera para doentes com pulseira amarela é superior a cinco horas. Para doentes urgentes ascende a mais de duas horas. Às 12h30 já se encontravam mais de 50 doentes na urgência do Hospital Padre Américo, de acordo com a informação prestada à Lusa pelo comandante Alexandre Pinto dos Bombeiros de Baião.A urgência do Hospital Padre Américo é a única com capacidade médico-cirúrgica do centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), que inclui também o Hospital de São Gonçalo, em Amarante, onde funciona uma urgência básica.Num pedido de esclarecimento, o hospital disse ao CM que "a doente referida nas notícias deu entrada no Serviço de Urgência Médico Cirúrgica do CHTS às 19h16h, foi submetida a triagem de Manchester às 19h19h e triada com prioridade laranja. Às 20h06, após avaliação clínica foi registado o óbito".A mesma fonte afirmou tratar-se de "uma doente em fim de vida e sem critérios clínicos para qualquer manobra invasiva de reanimação"."O serviço encontra-se sob enorme pressão, tendo o número de internados no Serviço de Urgência atingido esta manhã os 85 doentes. Tais circunstâncias dificultam muito o funcionamento do serviço, não só pela sobrecarga de trabalho, mas pelas limitações de espaço que condicionam o normal funcionamento. No entanto, é de ressalvar que, neste caso em particular, as ações tomadas teriam sido as mesmas em circunstâncias diferentes", concluiu.Segundo a Ordem dos Enfermeiros, a urgência do hospital enfrenta uma "situação caótica" com dezenas de doentes. "A situação é caótica, porque o hospital não tem capacidade com este pico de pandemia de gripe", disse à agência Lusa Miguel Vasconcelos, presidente do Conselho Diretivo Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros.

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