Miraculado de Fátima, agora com 16 anos, rezou na Cova da Iria.
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O pai da criança brasileira que terá sido curada por intercessão dos beatos Francisco e Jacinta Marto, pastorinhos de Fátima, afirmou hoje que o filho "está completamente bem, sem nenhum sintoma ou sequela".
Pais da criança do milagre falam pela primeira vez em Fátima
"O que o Lucas era antes do acidente ele o é agora, sua inteligência, seu caráter, é tudo igual", afirmou João Batista, numa declaração sem direito a perguntas, na sala de imprensa do Santuário de Fátima, onde peregrina o papa Francisco na sexta-feira e no sábado e vai canonizar os beatos.
Acompanhado da mulher, Lucila Yurie, e da postuladora da Causa da Canonização de Francisco e Jacinta, irmã Ângela Coelho, João Batista começou por relatar o acidente de Lucas, a 03 de março de 2013, pelas 20:00, quando estava a brincar com a irmã, Eduarda.
"Caiu de uma janela de uma altura aproximada de 6,50 metros. Na época tinha cinco anos. Bateu com a cabeça no chão e fez um traumatismo craniano grave, com perda de tecido cerebral", declarou, adiantando que após ser assistido na cidade da família, Juranda, dada a gravidade do seu quadro clínico, Lucas foi transferido para o hospital de Campo Mourão, no Paraná.
O percurso até à unidade hospitalar demorou cerca de "uma hora", tendo a criança chegado "em coma muito grave".
"Teve duas paragens cardíacas enquanto era anestesiado para a cirurgia e foi operado de urgência. Os médicos diziam que ele tinha poucas probabilidades de sobreviver", contou João Batista, adiantando que a família começou "a rezar a Jesus e a Nossa Senhora de Fátima".
A família decidiu, no dia seguinte, telefonar para a congregação do Carmelo de Campo Mourão, pedindo às irmãs que rezassem, mas a religiosa que "recebeu o telefonema não passou o recado", porque "sentiu que o Lucas não ia aguentar".
"Ela fez apenas uma oração para nos confortar", precisou João Batista, referindo que Lucas estava a piorar e foi comunicado que as possibilidades de sobrevivência "eram baixas e que se sobrevivesse teria uma recuperação muito demorada, ficando certamente com graves deficiências cognitivas ou mesmo em estado vegetativo".
Quatro dias depois do acidente, a família telefonou, de novo, para o Carmelo, tendo a religiosa transmitido o recado à comunidade.
"Uma irmã correu para as relíquias dos beatos Francisco e Jacinta, que estavam junto do Sacrário, sentiu esse impulso no coração e disse: 'Pastorinhos, salvem este menino, que é uma criança como vocês'", afirmou João Batista, realçando que a religiosa "conseguiu convencer toda a comunidade do Carmelo a rezar com ela apenas a intercessão dos pastorinhos".
Também a família começou a rezar aos pastorinhos e, a 09 de março, "o Lucas foi desentubado e acordou bem, lúcido e começou a falar, perguntando pela sua irmãzinha".
A 15 de março Lucas teve alta.
"Os médicos, incluindo alguns não crentes, disseram não ter explicação para esta recuperação", notou João Batista, que agradeceu aos profissionais de saúde que acompanharam o caso de Lucas, "bem como à Postulação do Francisco e Jacinta Marto na pessoa da irmã Ângela, por todo o cuidado que prestaram durante todo esse processo até à canonização".
João Batista estendeu os agradecimentos ao reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, e a todos os que rezaram pela criança.
"Sabemos, com toda a fé do nosso coração, que foi obtido esse milagre pelos pastorinhos Francisco e Jacinta. Sentimos uma imensa alegria por ser este o milagre que levou à canonização, mas, sobretudo, sentimos a bênção da amizade destas duas crianças que ajudaram o nosso menino e agora ajudam a nossa família", acrescentou.
Tia de criança "miraculada" recorda queda e oração quase imediata
A tia da criança brasileira, cujo "milagre" foi reconhecido pela igreja católica e que sustenta a canonização de Francisco e Jacinta Marto, diz que a família começou imediatamente a rezar pela sua salvação.
"As crianças estavam brincando, rindo, gritando, de repente ouvi um silêncio e falei para mãe dele que tínhamos que ir ver o que aconteceu. Fomos até a sala e o Lucas não estava lá. Saí do prédio pelas escadas e vi ele caído, todo ensanguentado. Fui a primeira pessoa a ver ele caído", disse Daniela Oliviera.
Daniela Oliveira lembra que o sobrinho "tinha muito sangue saindo dos olhos, da boca, do nariz" e que, nesse momento, o avô começou a rezar.
"Estava com medo de encostar nele por causa da coluna, mas meu pai me falou para pegar ele no colo. Meu pai começou a rezar na hora e a falar para o Lucas 'segura na mão de Jesus meu filho'", recordou.
"Nesta hora, o menino estava desacordado, mas percebemos que saiam lágrimas dos olhos dele", completou.
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