A edição de hoje
Manuel Clemente lamenta que só tenha acontecido após uma morte.
O patriarca de Lisboa considerou este sábado muito positivo o acordo alcançado para que todos os doentes possam aceder aos medicamentos inovadores para a hepatite C, mas lamenta que só tenha ocorrido após uma morte, informou a Rádio Renascença.
Manuel Clemente participou hoje de manhã na sessão de abertura da 16.ª jornada diocesana da Pastoral da Saúde, com o tema 'O apoio espiritual ao doente', no Hospital Pulido Valente, em Lisboa.
O patriarca saudou o acordo alcançado entre o Governo e o laboratório farmacêutico Gilead para o fornecimento ao Estado português de um tratamento inovador para a hepatite C, mas lamentou que fosse preciso uma tragédia - a morte de uma mulher de 51 anos -, para que a situação fosse resolvida.
"Às vezes acontece tragicamente assim, ou seja, é necessário que haja um susto para que as pessoas acordem e as resoluções" aconteçam, afirmou o patriarca, citado pela rádio.
Manuel Clemente destacou ainda que há muitos fatores a ter em consideração neste caso, como "o interveniente Estado, a indústria farmacêutica, o paciente que precisa de ser atendido".
"É na conjugação de todos estes fatores que chegaremos a uma boa solução. E felizmente assim foi. Parabéns", considerou.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou na sexta-feira que o novo medicamento para tratar a hepatite C vai estar disponível em "quantidades substanciais", na próxima semana, havendo condições para que os doentes iniciem o tratamento ainda este mês.
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