Bairro é atualmente um dos maiores focos de contágio de covid-19.
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A polícia montou uma operação musculada durante a tarde deste sábado, no Bairro da Jamaica, no Seixal, após a Direção-Geral de Saúde ter anunciado que 85% de novos casos de contágio na zona da Grande Lisboa e Vale do Tejo ocorreu neste bairro.
Por forma a ajudar as autoridades de saúde, a Polícia de Segurança Pública está a coordenar a operação com o intuito de encerrar os estabelecimentos comerciais durante pelo menos duas semanas.
Segundo o que o Correio da Manhã conseguiu apurar, os donos daqueles cafés e bares improvisados estão a acatar as ordens do Delegado de Saúde. O foco no Seixal poderá ter tido origem numa festa que durou vários dias.
Este encerramento pretende eliminar os focos de contaminação.
Encerrados oito estabelecimentos no Bairro da Jamaica no Seixal
No fim da operação, a comissária Maria do Céu Viola, do Comando de Setúbal da PSP, explicou aos jornalistas que, entre cafés e bares, "oito locais identificados pelas autoridades de saúde foram selados, fechados a cadeado e os proprietários notificados do encerramento".
Contactado pela agência Lusa, o delegado regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo disse que estes oito locais "de ajuntamento de pessoas" ficam encerrados durante "os próximos 14 dias", após os quais será feita uma reavaliação pelas autoridades de saúde.
Mário Durval avisou que, caso algum dos espaços abra nas próximas duas semanas, o proprietário incorre num crime de desobediência.
A comissária da PSP disse ainda aos jornalistas que a operação policial decorreu "sem incidentes", enaltecendo a colaboração e a compreensão dos moradores deste bairro clandestino.
"Isto é uma questão de saúde pública, as pessoas acataram e colaboraram com a autoridade de saúde e com a câmara", afirmou a comissária, sublinhando que a PSP teve como missão a notificação dos proprietários e a segurança da operação.
Na quinta-feira, o delegado regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Mário Durval, revelou que as autoridades de saúde estavam a preparar o encerramento dos cafés no Bairro da Jamaica, para conter o surto de covid-19 detetado entre os moradores.
Na quarta-feira, a associação de moradores defendeu que o bairro deveria ser "isolado" e limitado aos moradores, responsabilizando as "pessoas que vêm de outros concelhos" pelo foco de infeção.
"Deviam mesmo isolar o bairro e só saía ou entrava quem aqui mora", disse na ocasião à Lusa o presidente da Associação de Desenvolvimento Social de Vale de Chícharos, Salimo Mendes, que se mostrou preocupado com a aglomeração de pessoas nos cafés.
"Os cafés ao fim de semana não deixam dormir as pessoas que trabalham, com música e ajuntamento de pessoas que não usam máscara", relatou.
Na terça-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, informou que foram identificados três focos comunitários na área abrangida pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal, com um total de 32 pessoas infetadas, 16 dos quais no Jamaica.
Atualmente ainda residem 74 famílias em condições precárias nos edifícios inacabados de Vale de Chícharos (lotes 13, 14 e 15), as quais aguardam pela segunda fase de realojamentos, que deveria ter acontecido até dezembro do ano passado.
Em 17 de fevereiro, a Câmara do Seixal informou que o processo se encontrava atrasado devido à especulação imobiliária, apelando ao Governo para reduzir o "grande diferencial" de comparticipação nos realojamentos.
A primeira fase terminou em 20 de dezembro de 2018, quando 187 pessoas foram distribuídas por 64 habitações em várias zonas do concelho.
Portugal contabiliza pelo menos 1.396 mortos associados à covid-19 em 32.203 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, que sexta-feira foi prolongado até 14 de junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
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