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Riscos ignorados em Albufeira

Danos causados por inundações poderiam ter sido minimizados.

05 de novembro de 2015 às 10:28

A Câmara de Albufeira ignorou um parecer técnico da antiga Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve quando, em 2009, avançou com a obra de entubamento da ribeira da cidade, que agora esteve na origem das graves inundações de domingo.Ao que o CM apurou, depois de ter embargado a obra por falta de licenciamento, aquele organismo deu parecer favorável mas com condicionantes, entre eles a construção de bacias de retenção ao longo da ribeira, que nunca foram feitas.

Os técnicos da ARH (atual Agência Portuguesa do Ambiente) alertaram, na altura, para o risco agravado de inundações com as obras de entubamento da ribeira. No entanto, a autarquia, presidida na altura por Desidério Silva, decidiu avançar com a intervenção, por uma questão de embelezamento da zona.Questionado pelo CM, o atual presidente, Carlos Silva e Sousa, garante que, antes das inundações, "desconhecia" as condicionantes, mas admite que as sugestões técnicas vão ser concretizadas no sentido de "minimizar os danos em situações de cheias". Nos últimos dias, foram apontadas falhas na abertura das comportas que existem na ribeira, mas o autarca nega. "Uma estava aberta e a outra semiaberta para amortecer a água", explica Carlos Silva e Sousa.

As operações de limpeza na baixa da cidade continuam, com a participação de centenas de voluntários de todo o Algarve, entre eles escuteiros, moradores e funcionários da Câmara de Albufeira. O levantamento dos prejuízos ainda está a ser feito.

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