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Seixal pede construção de hospital após grávida ser obrigada a dar à luz nas Caldas da Rainha

Mulher teve de fazer 150 quilómetros até à maternidade mais próxima.

27 de agosto de 2022 às 09:54

A Câmara do Seixal desafiou o Governo a avançar para a construção do hospital no concelho, considerando que se este equipamento existisse não teria ocorrido o caso da grávida que foi levada para o Hospital das Caldas da Rainha.

A posição surge na sequência do caso de uma munícipe, uma grávida com mais de 40 semanas de gestação, que, ao sentir dores abdominais e chamar o INEM, foi transportada para o Hospital Distrital de Santarém e, posteriormente, para as Caldas da Rainha.

Grávida do Seixal obrigada a fazer 150 km para dar à luz nas Caldas da Rainha

Patrícia Alves, de 26 anos e grávida de 40 semanas e 4 dias, chamou o INEM às 4h00 de segunda-feira por estar com dores abdominais. A ambulância deslocou-se rapidamente até à residência da família, na Amora, Seixal, mas todos os hospitais dos distritos de Setúbal e Lisboa estavam indisponíveis para atender a mulher, que acabou por ser transportada para Santarém, a mais de 100 quilómetros de casa. As unidades mais próximas estavam limitadas, devido à falta de médicos, segundo os bombeiros que assistiram a jovem.Durante a gestação, Patrícia foi seguida por um médico no Centro de Saúde da Alameda, em Lisboa, mas às 32 semanas de gravidez mudou de casa para a margem Sul do Tejo. Sem médicos de família disponíveis para a receber, foi enviada da Unidade de Saúde Familiar Amora Saudável, no Seixal, para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, “que se recusou a receber a mulher, por só receber grávidas em emergência”. A grávida esteve durante mais de 8 semanas sem acompanhamento médico.

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