‘Taxa Google’ consegue suporte de 19 países
Ministro das Finanças francês angariou novos apoiantes para a sua causa.
A intervenção de Bruno Le Maire esta semana no Parlamento Europeu correu melhor do que era esperado. O ministro da Economia e Finanças francês conseguiu novos apoiantes para o imposto conhecido como ‘taxa Google’ e espera agora que a proposta seja aceite por unanimidade nos próximos "60 dias".
São agora 19 - há um ano eram dez - os estados-membros que apoiam o projeto de Le Maire de aplicar uma taxa sobre os GAFA - Google, Apple, Facebook e Amazon - e outras gigantes tecnológicas norte-americanas que utilizam paraísos fiscais para escapar aos impostos na Europa.
O objetivo é taxar em 3% as empresas digitais com receitas globais superiores a 750 milhões de euros ou ganhos superiores a 50 milhões na Europa.
Só em Portugal, onde não paga qualquer imposto, a Google arrecada cerca de 100 milhões de euros por ano. Estudos indicam que a nova tributação deve levar à entrada nos cofres da União Europeia de 5 mil milhões de euros por ano.
Entre os países que eram contra a proposta de França - desde o início apoiada por Portugal - e que esta semana decidiram reverter a sua posição estão a Holanda, Luxemburgo, Lituânia, Letónia e Estónia.
No outro lado da barricada continua a Irlanda e a Alemanha, que defende um imposto mínimo global sobre os lucros das empresas, e não sobre as receitas.
Por isso amanhã, Bruno Le Maire irá reunir-se com Olaf Scholz, o seu homólogo alemão, em Berlim, para discutir o tema.
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