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Google aceita censura na conquista da China

Empresa saiu do mercado chinês em rutura com sistema que não vê com bons olhos a Internet de acesso livre.

01 de outubro de 2018 às 01:30

Em 2010, a Google decidiu retirar-se do mercado chinês para não compactuar com um governo que não vê com bons olhos uma internet de acesso livre a todos os cidadãos. Agora, a empresa multinacional de serviços online parece querer retroceder caminho e, para conquistar a simpatia do governo da China – e de um mercado gigantesco que aumentará o seu caudal de lucro –, está disposta a avançar com um programa que permite que o motor de busca seja previamente censurado.

A notícia foi revelada pelo jornal americano ‘The NewYork Times’, que diz que o programa em causa se chama Dragonfly e que, apesar de ainda não estar pronto, a empresa já o anunciou internamente como sendo, potencialmente, a chave de entrada no maior mercado digital do Mundo. Um mercado onde rivais da Google, como a Apple, a Microsoft e a Amazon, operam já, indiferentes às restrições impostas pelo governo local.

Assim que a notícia foi divulgada, porém, começaram a chover os protestos de ativistas que reclamam uma internet totalmente livre e que receiam que o programa Dragonfly comece na China e alastre a outros países... Mais do que isso, os ativistas lembram ainda os princípios fundadores da Google: a empresa foi fundada em 1998, em Silicon Valley, na Califórnia, e dizia-se, orgulhosamente, "não convencional". Os seus fundadores garantiram que poriam sempre os valores morais acima dos valores monetários. Mas isso foi há 20 anos...

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