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Distribuição e editores pedem reunião urgente ao Governo

Vasp e grupos de media alertam para iminência de jornais e revistas não chegarem ao interior do País e querem que o ministro da Presidência tome medidas que tardam em chegar.

21 de setembro de 2025 às 01:30

Preocupados com as dificuldades em garantir acesso a jornais e revistas em parte significativa do território nacional, e perante o adiamento consecutivo por parte do Governo do lançamento de um concurso público internacional para a distribuição de publicações em todo o País, os responsáveis máximos de sete dos principais grupos de comunicação social em Portugal juntaram-se à Vasp (empresa que assegura atualmente a distribuição de imprensa em Portugal) para pedir uma reunião, com caráter de urgência, com o ministro da Presidência, Leitão Amaro, que tutela o setor.

O objetivo, de acordo com a carta a que o CM teve acesso, é “expor em detalhe a gravida- de da situação” – marcada por um “aumento contínuo dos custos operacionais”, pela “crise financeira que atinge um dos principais editores nacionais” e pela “continuada quebra das vendas de imprensa” e pedir a intervenção “imediata” do Executivo, a fim de assegurar a literacia mediática, não fragilizar a coesão social e territorial e assegurar um direito fundamental consagrado na Constituição, “o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações”. “Há mais de um ano em reuniões e estudos e continua tudo por resolver: distribuir imprensa no Interior já significa perder meio milhão de euros por cada milhão faturado e a Vasp não pode substituir-se ao Estado”, afirma ao CM Marco Galinha, presidente do conselho de administração da distribuidora.

“Este é um movimento global de todos os editores nacionais que visa alertar o Governo para a iminência de não haver distribuição de jornais e revistas em muitas regiões do País. É recorrente sinalizar que os jornais são um pilar fundamental das democracias, mas os Governos pouco ou nada têm feito para pôr em prática medidas que, até agora, não têm passado das boas intenções”, refere Luís Santana, CEO da Medialivre (que detém o CM). Assinam ainda a missiva Francisco Pedro Balsemão (Impresa), Domingos Andrade (Notícias Ilimitadas), Cristina Soares (‘Público’), Luís Trindade (Global Notícias/‘DN’), Ricardo Peres (Vicra/‘A Bola’) e Eduardo Gradiz (Presspeople).

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