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Acusações de fraude dominam Eurovisão

Três acusações de falta de originalidade nas músicas estão a manchar a edição deste ano do Festival RTP da Canção.

01 de março de 2018 às 01:30

Não há memória de uma edição do Festival da Canção ser tão marcada por casos polémicos como a deste ano. Além das falhas técnicas e dos problemas com a contabilização do televoto na primeira semifinal, os casos de plágio têm manchado o concurso da RTP que vai eleger o representante de Portugal no festival da Eurovisão que, este ano, se realiza pela primeira vez no nosso País: a 8, 10 e 12 de maio, na Altice Arena, Lisboa.

As suspeitas começaram logo na semifinal de 18 de fevereiro, com a originalidade de ‘A Mesma Canção’, tema de Paulo Praça interpretado por Maria Amaral, a ser posta em causa. A canção foi comparada a ‘Scars to Your Beautiful’, de Alessia Cara.

Mas o ponto alto da polémica foi atingido no último domingo, após a vitória de Diogo Piçarra na segunda semifinal. Nas redes sociais, o cantor de 27 anos foi acusado de copiar uma música da igreja evangélica brasileira.

A melodia de ‘Canção do Fim’, apontada como uma das favoritas à vitória na final, foi comparada a ‘Abre os Meus Olhos’, do pastor Walter McAllister, fundador da Igreja Cristã Nova Vida, e não da IURD, como inicialmente foi noticiado.

As acusações levaram Diogo Piçarra a desistir de participar no Festival, isto apesar de, ao que o CM apurou, a RTP ter tentado convencer o cantor a permanecer na competição, por acreditar na "integridade do artista". Com esta decisão, a TV pública foi obrigada a repescar a canção ‘Mensageira’, de Aline Frazão (interpretada por Susana Travassos), para a final.

Entretanto, surgiram também suspeitas sobre o tema ‘O Jardim’, interpretado por Cláudia Pascoal.

Erro nas votações e falha técnica estragam emissão

A primeira semifinal, a 18 de fevereiro, ficou manchada por um erro grave na contabilização dos resultados do televoto (votação do público através de telefone). Esta falha levou a que fosse dada como finalista uma canção - ‘Eu te amo’ (da autoria de Mallu Magalhães, interpretada por Beatriz Pessoa) - que não reunia a devida pontuação.

A RTP acabou por tornar público o erro já na manhã do dia seguinte (segunda-feira) e, corrigida a votação, revelou que a finalista é, afinal, ‘Sem Medo’, tema de Jorge Palma, cantado por Rui David. E assumiu, em comunicado, "total responsabilidade" sobre o sucedido. O erro deu-se na transposição manual das percentagens do televoto em pontos, feita pela produção do programa.

"O problema foi detetado ainda a emissão estava no ar mas já estávamos a fechar. Por isso, foi feita uma reunião, no fim do programa, em que explicámos a situação a todos os envolvidos, que mostraram fair-play", explicou ao CM Daniel Deusdado, diretor de programas da RTP.

Já na segunda semifinal, no passado domingo (dia 25), registaram-se problemas técnicos durante a atuação da intérprete da canção de Tito Paris - o playback musical entrou a meio da canção.

Por decisão da RTP, Maria Inês Paris, sobrinha do compositor cabo-verdiano, voltou ao palco para interpretar mais uma vez ‘Bandeira Azul’, que se qualificou para a final do próximo domingo, dia 4, que terá lugar no pavilhão Multiusos de Guimarães.

Fãs de Diogo Piçarra acusam Cláudia Pascoal

No entanto, e apesar de atenta a todos os casos de plágio, esta acusação não mereceu especial atenção da RTP.

Vencedores e eleito de Salvador são favoritos à vitória

A apresentação está entregue a Filomena Cautela e Pedro Fernandes.

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