A luta pelas audiências, o confronto entre estações públicas e privadas e a procura da originalidade não são estranhas às televisões dos dez novos Estados-membros da União Europeia. Embora permaneçam marcas do passado, a revolução chegou ao audiovisual.
Na maioria dos países que aderiram recentemente à União Europeia (UE), com a excepção da Polónia, as televisões privadas, criadas no princípio dos anos 90, estão a ultrapassar os canais públicos em audiências e na conquista de anunciantes. Esta tendência é mais notória na Eslováquia, país no qual a privada TV Markiza obtém quase 50 por cento do ‘share’, e na República Checa, onde a TV Nova alcança 45 por cento de audiências. “A Markiza é a televisão mais popular. A concorrência existe, mas de uma forma geral há lugar para todas”, diz Jana Dzanibeková, primeira secretária da Embaixada da República Eslovaca.
Na Eslovénia e em Malta, onde os mercados são mais restritos e menos desenvolvidos, a televisão estatal mantém a sua força. O caso polaco é diferente, já que a TVP, fortemente implantada no país desde 1956, goza de uma vantagem sobre os concorrentes, com um ‘share’ que ronda os 46 por cento. O orçamento dos canais públicos polacos (TVP1 e TVP2) ronda os 755 milhões de euros, um valor muito superior ao que dispõem, por exemplo, a televisão estatal da República Checa (162 milhões de euros), da Lituânia (15 milhões de euros), ou a Estónia (17 milhões de euros).
Por outro lado, noutros países a televisão pública entrou num ciclo de decadência. Os problemas começaram com a quebra nas audiências, que se manifestou na insuficiência de meios para financiar produtos competitivos. É o caso das estações estatais da Hungria, Estónia, Lituânia e Eslováquia. “Com o aparecimento das estações de TV privadas, as audiências mudaram a seu favor”, recorda Darius Simaitis, da Embaixada da República da Lituânia. Apesar disso, tanto na Lituânia como na Eslováquia tem-se assistido a uma recuperação das respectivas televisões públicas, LTV e TV1, fruto de reestruturações sofridas nos últimos anos.
O mercado publicitário é o principal motor das televisões nos dez novos Estados-membros da EU – Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa. Os investimentos publicitários estão concentrados maioritariamente no meio televisivo e absorvem entre 66,5 e 93,2 por cento do total de investimentos publicitários nos meios de comunicação.
Na Eslovénia, Polónia e República Checa o peso da publicidade é menor, devido às fortes restrições publicitárias impostas aos canais públicos e ao facto de ainda se encontrar em vigor o imposto sobre a televisão.
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO COMPENSA
O desenvolvimento do mercado televisivo nos novos membros da UE deve muito ao investimento de capitais estrangeiros. De uma forma geral, o enquadramento jurídico relativo ao investimento externo é liberal, embora existam algumas restrições na Polónia e Chipre. A Central European Media Enterprises (CME), de origem norte-americana, por exemplo, detém o Kanal A e POP TV eslovenos, o canal Markiza, da Eslováquia, entre outras estações da Europa Central e de Leste.
NOVIDADES E REQUENTADOS
Quanto à programação da TV dos dez novos membros da UE, encontram-se discrepâncias entre os vários canais. Se algumas das estações dispõem de grelhas recheadas de séries e filmes norte-americanos e europeus, outras centram-se na produção local. O canal polaco Polsat é um bom exemplo do primeiro caso. ‘Ally McBeal’, ‘Roswell’ ‘Benny Hill’ e ‘Ficheiros Secretos’ são algumas das séries incluídas na sua grelha. A versão polaca de ‘Ídolos’ e o concurso infantil ‘Hugo’ são outras ofertas da estação.
Na República Eslovaca, quem vê o canal Markiza pode assistir a produções como ‘Frasier’ e ‘Os Sopranos’. Já ‘Os Simpsons’ e ‘CSI’ marcam presença na TV3 da Lituânia. Por seu turno, a TV Nova da República Checa transmite variadas produções nossas conhecidas, como ‘Smallville’, ‘Mundo Perdido’, ‘South Park’, ‘Walker, o Ranger do Texas’, ‘Teletubbies, e ainda o concurso ‘Quem Quer Ser Milionário’.
A marcar a diferença em relação ao que estamos habituados na televisão portuguesa, a maioria dos canais destes dez países devota grande parte da sua programação à informação e programas culturais, colocando ênfase na preservação da cultura e da língua materna. Existem quotas de produção nacional na Estónia, Letónia, Polónia e Eslovénia. Por outro lado, também é comum encontrarmos nas grelhas produções que em Portugal passaram há uma ou mais décadas, como ‘Alfred Hitchcok Apresenta’, ‘M.A.S.H.’, ‘Os Anjos de Charlie’ e ‘Bonanza’.
INVESTIMENTO PUBLICITÁRIO
O mercado publicitário é o principal motor dos dez novos estados-membros da união europeia. Nestes países, a televisão absorve entre 65 e 93,2 por cento do investimento publicitário total nos meios de comunicação.
CHIPRE
Em Chipre há um equilíbrio entre o canal público CyBC (17 por cento de ‘share’) e os privados, Sigma (27 por cento de ‘share’), Antenna (23 por cento de ‘share’) e Mega (17 por cento de ‘share’). O investimento estrangeiro na TV de Chipre é limitado por lei e há um apoio estatal à produção nacional.
ESLOVÁQUIA
Os principais canais eslovacos são TV1 e TV2 (ambos públicos), e Markiza, TA 3 e TV JOJ (do sector privado). Actualmente assiste-se a uma reorganização dos canais estatais para combater o domínio da Markiza, uma estação privada financiada por capital norte-americano.
ESLOVÉNIA
A Eslovénia tem quatro estações nacionais – as públicas RTV SLO 1 e RTV SLO 2 e as privadas Pop TV e Kanal A – e mais de 30 canais regionais e locais. O crescimento de pequenos canais locais foi estimulado pela expansão da televisão por cabo, um mercado onde actuam cerca de cem operadores.
ESTÓNIA
A ETV, estatal, concorre com duas privadas, a TV3 e o Kanal 2. O ministério da Cultura local atribui as licenças aos operadores privados e controla a sua programação. Por outro lado, a lei obriga a que, pelo menos, 51 por cento da programação transmitida pela ETV seja na língua do país.
HUNGRIA
A TV2 e a RTL Klub, ambas controladas por grupos estrangeiros, dominam o mercado húngaro. Cada uma detém cerca de 31 por cento de ‘share’, enquanto os canais da televisão pública (M1, M2 e DUNA), ficam nos 17 por cento. O colapso da televisão estatal, com o aparecimento dos operadores privados, gerou discussões sobre como estabelecer o equilíbrio do mercado.
LETÓNIA
Na Letónia assiste-se a grande rivalidade entre a estação estatal LTV1, que alcança em média 17 por cento das audiências, e as estações LNT, com 25 por cento do ‘share’, e a TV3, que obtém 14 por cento das audiências. Na Letónia a língua materna e as línguas de algumas comunidades minoritárias encontram-se protegidas pela lei no que concerne à programação televisiva.
LITUÂNIA
Na Lituânia existem quatro estações nacionais, das quais uma é pública, a LTV, e três privadas, LNK, TV3 e TV4. No país existem ainda vários canais televisivos regionais e também locais. O operador privado TV3 é líder e tem o maior ‘share’ de audiência, com 26,7 por cento. Logo seguido de perto pela LNK, que neste quadro alcança os 25,7 por cento.
MALTA
O grupo público TVM domina o mercado maltês, com 30 por cento do ‘share’. Segue-se a NTV, com 12 por cento de ‘share’, e a Super 1 TV, que obtém 21 por cento das audiências. Metade do orçamento da estação pública provém de fundos estatais, um dos valores mais baixos de entre os dez novos Estados-membros da União Europeia.
POLÓNIA
A TVP, televisão pública polaca, é líder em audiências e em volume de publicidade. As estações nacionais são a TVP1, TVP2, Polsat, TVN, TVN 24, TVN 7, TV 4 e TV Plus, existindo ainda secções regionais da TVP nas principais cidades: Varsóvia, Cracóvia, Gdansk, Lubin e Katowice. Metade dos habitantes possuem acesso a TV por cabo ou satélite.
REPÚBLICA CHECA
O mercado televisivo é monopolizado pelo canal privado TV Nova, que detém 45 por cento do ‘share’ e 65 por cento das receitas de publicidade. O concorrente, Prima TV, tem crescido, alcançando uma média de 20 por cento das audiências. A televisão pública tem um limite de um por cento de anúncios na carga horária das emissões diárias.
TELEVISÃO PORTUGUESA - OPINIÕES
1 - Que balanço faz dos 11 anos de televisão privada em Portugal?
2 - A televisão portuguesa é melhor do que o que se faz lá fora?
3- O que a televisão portuguesa ganhou com a entrada de Portugal na UE?
MÁRIO CRESPO - JORNALISTA DA SIC NOTÍCIAS
1 - “O balanço terá de ser positivo, porque o que tínhamos antes, a televisão pública, não era carne, nem peixe. Nos últimos tempos ela descambou em qualquer coisa híbrida. Ainda há campo para melhorar a privada. Mas o motor da privada terá de ser uma referência criada pela televisão pública.”
2 - “Há áreas onde a televisão portuguesa é idêntica ao que se faz lá fora, mas há uma área onde ainda encontramos diferenças gritantes, a televisão pública. O meu modelo é a televisão pública norte-americana, a PBS, Public Broadcasting System, que interpreta o papel da televisão como um sector de modificação social, como eu acho que deve ser interpretado, com noticiários sem ‘tabloidismo’ e programas em que a estética e a pesquisa têm um papel fundamental.”
3 - Foi sobretudo uma questão de dinheiro, passou-se a investir mais. Até à nossa entrada para a CEE era raríssimo haver reportagens ou correspondentes no estrangeiro. Foi uma época áurea que, financeiramente, tem de ser associada ao aumento de fluxo de dinheiro
FRANCISCO RUI CÁDIMA - PROFESSOR DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
1 - Não podíamos estar à espera que a televisão privada viesse resolver crises endémicas nacionais. A televisão é uma máquina que tem uma gestão própria que apareceu nos anos 50 e que de então para cá não teve momentos de grande criatividade. O único receio que tinha em relação ao privado era que em Portugal não houvesse mercado para muitos canais. E essa é uma questão que ainda não está completamente resolvida. Aquilo que foi o histórico da televisão privada em Portugal não me surpreendeu, foi uma evolução expectável. Não fomos tão radicais como em Espanha ou em Itália, na produção daquilo que se chama o ‘telelixo’, o que é algo positivo.
2 - Temos alguma produção ao nível do melhor que se faz no mundo. Por exemplo, o caso da boa ficção, como algumas telenovelas. Por alguma razão, telenovelas portuguesas conseguem ter audiências iguais ou superiores às telenovelas brasileiras da maior ‘factory’ mundial que é a Globo. Em termos de informação, está-se a fazer péssimo trabalho, enchouriçada em noticiários de uma hora e meia, utilizando os telejornais para fazer concorrência a outros programas. Em termos de compra de programas ao estrangeiro, temos tido algum critério na escolha de boas séries e outros formatos televisivos.
3 - Passámos a fazer parte de uma família audiovisual europeia e, como tal, houve uma aproximação a uma lógica de produção de conteúdos nacionais e distribuição de produtos europeus e, de alguma maneira, não estarmos submetidos à lógica da distribuição das grandes ‘majors’ norte-americanas. O grande benefício para Portugal passou por aqui, embora com resultados enviesados, porque temos muita produção brasileira.
CARLOS FINO - JORNALISTA DA RTP
1 -O aparecimento das privadas era uma inevitabilidade que constituiu o abrir de um espaço que era absolutamente necessário, foi uma libertação em relação à informação estatizada que tínhamos. Dez anos depois, nós já percebemos que as privadas também têm os seus próprios interesses e que é bom que exista, como contraponto, uma televisão pública que assegure a liberdade de informação.
2 - Não é nem muito melhor, nem muito pior. Podíamos sempre fazer melhor, mas acho que está ao nível do que se faz de bom lá fora, embora não diga que esteja ao nível do que de melhor se faz. Lamento que haja uma tendência para esquecer a grande reportagem sobre temas de interesse nacional, a tendência para a ‘tabloidização’. Mas no domínio da informação não temos que nos envergonhar, embora haja um espaço para crescer, para fazer um jornalismo mais independente, mais afirmativo.
3 - A entrada na CEE consolidou um espaço de liberdade para Portugal e inseriu-nos num contexto que só nos trouxe aspectos de desenvolvimento e relação com a Europa, consolidando aquilo que já vinha de trás, as medidas de privatização e o final do monopólio estatal da televisão.
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