O jornal britânico toma medidas num momento em que o presidente não esconde a sua interferência nos media.
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O jornal britânico 'The Guardian' lançou uma campanha publicitária interativa nas ruas de Nova Iorque para estimular a população a “remover a censura” que está a dar que falar, sobretudo numa altura em que a discussão sobre o tema está ao rubro nos Estados Unidos.
A mensagem centra-se num outdoor amarelo, que atrai a atenção dos pedestres ao esconder parte da sua mensagem debaixo de faixas pretas, deixando apenas visível a frase "As notícias nos Estados Unidos não podem publicar o quadro completo". A proposta é simples, mas envolvente: as pessoas são convidadas a retirar as mesmas faixas de forma a revelar o que está escondido: um apelo à liberdade, à independência e à integridade do jornalismo.
Esta campanha surge num momento em que o executivo de Donald Trump lança um ataque sem precedentes em tempos de paz à liberdade de expressão e à imprensa livre após o assassinato de Charlie Kirk. Desde então, o presidente dos EUA forçou uma empresa de media privada (a Disney, dona da ABC) a suspender um dos seus programas com maior audiência, o 'Jimmy Kimmel Live!', depois do humorista acusar a direita norte-americana de explorar politicamente o homicídio do ativista.
Trump também ameaçou outras cadeias de televisão com a perda das respetivas licenças caso dissessem coisas que ele não gostasse e prometeu processar o “discurso de ódio” que é protegido pela Primeira Emenda. Como se isso não bastasse, disse aos jornalistas que fazem a cobertura do Pentágono que o seu acesso será revogado se não concordarem com as restrições nas suas reportagens.
A Disney enfrenta agora um grupo de acionistas explicações sobre a suspensão do programa de Jimmy Kimmel durante uma semana e, ao mesmo tempo, a ira de Trump, que não percebe porque não foi informado do regresso do formato. "A ABC informou a Casa Branca que o programa foi cancelado! Por que quereriam de volta alguém que se sai tão mal, que não é engraçado e que coloca a estação em risco?", questionou o presidente, que pondera processar a empresa. "Acho que vamos voltar a colocar a ABC à prova. Vamos ver como nos saímos. Da última vez, deram-me 16 milhões [13,6 milhões de euros]. Este caso parece até ser mais lucrativo", afirmou.
Entretanto, um grupo de mais de 100 ex-jornalistas da ABC News enviou uma carta ao CEO da Disney, Bob Iger, a pedir "um esforço concertado para defender a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa contra a intimidação política". A carta começa precisamente por elogiar a decisão de Iger em colocar Kimmel novamente no ar, chamando-a de "uma declaração importante de que a intimidação política não deve ditar a programação da ABC".
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