Estrelas apanhadas em rede de negócios ilícitos na Internet que prometem corpos de sonho ou ganhos de dinheiro absurdos. Desperados, dão grito de revolta junto dos fãs, que muitas vezes também caem na armadilha e são enganados.
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Avenda de produtos milagrosos que prometem um corpo perfeito ou a compra de bitcoins (moeda eletrónica), com promessas de enriquecimento rápido, são algumas das publicidades na internet em que estrelas nacionais e internacionais veem a sua imagem usada de forma abusiva.
Em Portugal, os relatos por parte de figuras públicas a negar o envolvimento nas referidas publicidades enganosas somam-se de dia para dia.
Catarina Furtado, José Carlos Malato, Carlos Areia, Manuel Luís Goucha ou Cristina Ferreira são alguns dos famosos que viram a sua imagem associada a produtos de emagrecimento ou ganhos de dinheiro, com a publicação de fotografias, entrevistas inventadas ou uso abusivo de declarações feitas a propósito de outros temas.
A vítima mais recente deste crime online é Cláudia Vieira, que viu a sua imagem associada a um produto de emagrecimento. Indignada, utilizou as redes sociais para denunciar o esquema do qual foi vítima: "Denuncio o uso abusivo da minha imagem em publicidade enganosa a um produto de que nunca ouvi falar, nunca usei e não promovo. Trata-se de uma fraude em que inclusivamente fazem montagens com fotografias que publiquei no meu Instagram (ou tiradas de programas em que participei em outros contextos), inventam entrevistas e citações que nunca dei, tudo isto para promover a venda de um produto extremamente suspeito."
A atriz apelou à atenção dos seguidores ao visitarem as páginas de venda dos respetivos produtos. "Deixo a mensagem para não se deixarem enganar por produtos milagrosos sem qualquer credibilidade."
O que podem fazer?
Denunciar este género de práticas é a decisão mais certa, no entanto, muitas estrelas deparam-se com diversas dificuldades, desde logo a identificação dos autores das páginas dos respetivos "produtos milagrosos".
São assim obrigados a fazer uma participação junto das autoridades contra desconhecidos. "Neste tipo de crimes há violação do direito à imagem, que está previsto na Constituição e Código Civil. As vítimas podem pedir inclusivamente uma indemnização por danos morais ou pessoais. No entanto, como qualquer crime, para serem aplicadas sanções é necessário que se prove o crime e autor. Para tal, tem de haver investigação criminal", explica o jurista Rui Pereira.
Contudo, a apresentação de uma queixa-crime não é suficiente para travar este tipo de práticas. Por exemplo, Catarina Furtado viu por várias vezes a sua imagem usada em publicidades enganosas.
"No caso de se tratar de uma burla não me espanta que os esquemas sejam repetidos. É uma prática corrente entre burlões. São indivíduos que têm uma enorme capacidade de enganar as pessoas", realça Rui Pereira, sublinhando a importância da segurança na internet. "Não pode ser um instrumento de crime por isso tem de haver maior regulação. Na Polícia Judiciária há profissionais que se dedicam à prevenção do cibercrime."
Devido à dificuldade em encontrar um culpado, as queixas apresentadas acabam arquivadas. Carlos Areia, que se viu envolvido num esquema fraudulento, ao ser notícia que tinha saído da falência ao ganhar 2,3 milhões de euros depois de adquirir bitcoins, continua à espera de uma resposta por parte do Ministério Público.
"Deram seguimento ao processo, mas até agora não recebemos nenhuma resposta. Sei que estão a investigar. Mas vai ser muito difícil de provar alguma coisa", lamentou o ator de 76 anos.
Lá fora também é moda
No plano internacional, o uso abusivo da imagem das estrelas também é recorrente. Oprah Winfrey e o príncipe Harry são algumas das vítimas.
"Alguém está a tentar enganar-vos usando o meu nome e identidade virtual", informou a apresentadora norte-americana nas redes sociais.
Já o neto da rainha Isabel II foi enganado durante uma chamada na qual pensava estar a falar com a ativista Greta Thunberg e o pai da jovem. O monarca contou alguns episódios pessoais, que foram posteriormente divulgados em público.
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