Apresentador fala dos 21 anos do 'Preço Certo', revela os presentes insólitos que recebe no programa e fala do Natal.
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Mais um ano de preço certo e mais um ano de audiências ganhas. Ninguém pára o Fernando Mendes há 21 anos!
Felizmente continuo no programa certo. E se estou à frente dele há 21 anos, se calhar também sou o homem certo com a equipa certa.
Sem falsas modéstias, sente-se uma espécie de herói da televisão?
Não, nada disso. Nunca fui vaidoso e nunca nada me subiu à cabeça. Esta é a minha maneira de ser. Sempre fui assim, porque sei de onde é que venho e sei das minhas raízes. Claro que nunca pensei que isto corresse desta maneira, mas continuo a ser exatamente a mesma pessoa.
Ao final de tanto tempo que gozo pessoal é que ainda tira para si do 'Preço Certo'?
Este programa faz-me muito feliz porque tem tudo a ver comigo. Eu costumo dizer que o 'Preço Certo' é o espelho do país real de norte a sul. O maior elogio que me podem fazer é quando, pessoas já com uma certa idade, chegam ao pé de mim e me dizem: "agora já posso morrer feliz porque já o conheci". E depois este programa dá para tudo, para rir, para chorar de emoção, para dançar, para cantar... é verdade que sou eu que estou à frente dele, mas são as pessoas que o fazem.
Quem assiste ao 'Preço Certo' fica com a ideia de que é tudo improvisado. É assim ou o Fernando obriga-se a algum tipo de trabalho prévio?
A vantagem deste programa é não ter guião. Eu sei apenas que entro e tenho 50 minutos para fazer o meu trabalho.O que eu já fiz foi arranjar uma série de perguntas chave, como "o que é que faz na vida?", "de onde é que vem'?" ou o "quer mandar beijinhos para alguém?" que me auxiliam muito. Como eu sempre fui o pior aluno da minha escola em quase tudo, menos em ginástica porque eu jogava bem à bola, este programa tem uma vantagem muito grande para mim: não tem um texto e logo eu não tenho que estudar (risos). Por isso é que eu admiro muito os meus colegas atores de novelas que estudam para caraças e trabalham das oito da manhã às oito da noite. Eu já entrei em duas ou três e ainda bem que me despediram (risos).
E diga lá: o que é que faz a tantos presentes que recebe no programa?
Olhe, há pessoas que criticam isso, mas eu tento respeitar porque as pessoas quando trazem coisas, primeiro é para fazer publicidade à região e depois é a pensar na equipa do programa ou em mim.
Qual foi a lembrança mais insólita que lhe trouxeram?
Foi uma galinha viva (risos). Mas vivo também já me trouxeram um lavagante. Trazem-me leitões assados, vinho, bolos, estatuetas, quadros com a minha imagem...
E guarda mesmo tudo?
Nós somos uma equipa muito grande de quase 50 pessoas e muitas vezes dividimos as coisas. Eu não quero tudo para mim, nem podia ficar com tudo. Mas a verdade é que nunca pensámos que isto atingisse estas proporções, até porque no início ninguém trazia nada, a não ser talvez uma bandeirinha da junta.
Diz que não esperava este sucesso. O 'Preço Certo', até é visto na China. Consegue explicar o fenómeno?
Não, não consigo. O que eu costumo dizer é que tenho a sorte das pessoas gostarem de mim. Há quem diga que a sorte procura-se, mas se calhar a mim a sorte encontrou-me. Mas reconheço que este é um fenómeno interessantíssimo.
... até porque não apanha só uma geração mais idosa. Há jovens a verem o programa. Ainda há dias a neta do Mário Soares dizia que via o 'Preço Certo' com o avô!
Pois. Posso dizer que entre o público, tenho muitas vezes netos cujos avós os 'obrigavam' a ver 'O Preço Certo', ainda antes de fazerem os deveres da escola. "Primeiro vês o 'Preço Certo' e depois fazes o TPC!"
Mas sente esse reconhecimento no dia a dia?
Sim sim. Às vezes há miúdos na rua que me pedem para dizer aquela coisa do "xpetáculo!!!!".
Ainda se lembra do primeiro programa?
Sim, foi péssimo.
Porquê?
Porque primeiramente eu até fugi do casting. Eu estava a fazer uma peça no Algarve e fugi ao casting para ir dar uma entrevista na televisão. Mas lá acabei por ir. Éramos uns nove. Fiz aquilo exatamente como faço hoje, convencido que nunca me iriam chamar. Passado uma semana ligaram-me a dizer que tinha ficado. Mas uma coisa é fazer um castings de 30 segundos e outra é fazer um programa de 50 minutos. Os primeiros programas foram dramáticos, eu suava por todos os lados, ainda por cima apresentava de fato, enquanto agora é de camisa e suspensórios. Eu recordo-me que no início até ia para casa desiludido. Um dia ligou-me o Nuno Santos a dar-me os parabéns porque as audiências tinham disparado, sabia lá eu o que eram as audiências. A verdade é que hoje não me vejo a fazer outra coisa.
Tudo tem um princípio e um fim. Já definiu na sua cabeça quando é que fechará este ciclo da sua vida?
Fecharei quando o público deixar de ver. Hoje mandam-me as audiências e eu sei que estamos sempre lá em cima. Para quê mudar?
E o teatro?
É uma coisa que eu vou conseguindo conciliar. Gosto muito do contacto com o público no teatro. Estou, por exemplo, há cinco anos em cena com a peça 'Insónia'.
É sabido que outros canais já o tentaram contratar. Nunca ponderou sair da RTP, mesmo por um salário mais alto?
Não. Por uma questão de ética nunca faria isso. E quando digo nunca, é nunca. O dinheiro não é tudo na vida e depois já tenho 61 anos. Seria muito ingrato sair da RTP onde sou bem tratado e ninguém me chateia.
Como vai ser o Natal do Fernando Mendes?
Desde que o meu pai morreu, há mais de 40 anos, eu nunca mais liguei muito ao Natal. Mas passo sempre em família, com os meus irmãos, os meus filhos e os meus netos, a Madalena e o Francisco.
E como é o Fernando Mendes como avô?
Devia ser mais presente, mas por causa da minha vida é mais difícil. Tenho horários muito diferentes, quase o mesmo que aconteceu com o meu pai, que trabalhava muito de noite.
E os seus netos também veem o programa?
Não. Muito pouco. A estúdio, por exemplo, vieram uma vez. Hoje há as 'netflixes' e desenhos animados por todo o lado.
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