Aos 24 anos, a filha de José Mourinho acaba de lançar uma marca de joias, em Londres. Feliz com o desafio, conta em exclusivo à ‘Vidas’ aquilo que a inspirou a criar as peças, que revelam o seu lado mais português.
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Inaugurou muito recentemente a sua marca de joias – MATILDE Jewellery. Como está a correr esta primeira fase?
A MATILDE Jewellery tem muito pouco tempo de vida. Apesar disso, a sua aceitação tem sido bastante encorajadora. Há ainda um caminho a percorrer e um espaço a ganhar neste mercado, mas estou satisfeita com esta fase inicial.
Em quanto tempo foi pensado e concretizado este projeto?
Este projeto nasceu estava eu ainda na universidade e foi crescendo, amadurecendo com o tempo, até atingir a fase em que entendi estar pronto para ser lançado publicamente. Não foi uma ideia que me tenha surgido de repente, mas sim algo que fui construindo e que concretizei quando entendi que era sólida.
O que é que colocou de si? O que é que quer transmitir?
À medida que fui conhecendo as consequências nefastas da exploração mineira e as práticas insustentáveis ligadas à joalharia fui-me apercebendo de que, na realidade, pouca noção tinha disso. Mas adoro joias e o poder que elas têm de preservar memórias e contar histórias e, por isso, decidi orientar a minha carreira no sentido de desafiar as normas da indústria da joalharia tradicional com uma alternativa sustentável.
Uma das suas missões, além de conseguir ter peças sustentáveis, era ter preços acessíveis. Pelo que vemos desta primeira coleção conseguiu. Foi fácil?
Fiz um estudo exaustivo do mercado para conseguir preços mais acessíveis. No entanto, a própria sustentabilidade nem sempre é acessível, mas, para mim, foi realmente muito importante encontrar fatores justos de conciliação entre uma qualidade excelente e um preço mais acessível.
Em que é que se inspirou para criar estas peças? Há algum traço português nesta coleção?
Há claramente traços portugueses. Recordo-me de ver, desde sempre, a minha mãe com peças de filigrana, peças que ela adorava e de que eu também aprendi a gostar. A filigrana representa a Natureza, a religião e… o mar. Sou de Setúbal e o mar sempre fez parte da minha vida. Inspiro-me em tudo o que vejo na natureza.
Está sozinha nesta aventura. Como é que se sente na pele de empresária e qual tem sido o maior desafio?
Antes de tomar a decisão de lançar este projeto, elaborei um plano comercial e financeiro bastante exaustivo e pormenorizado. O meu mestrado no Conde Nast College Of Fashion [Londres], na área do Empreendedorismo em Indústrias Criativas , deu-me uma enorme bagagem para alcançar este objetivo. O maior desafio foi, de facto, o arranque, mas tenho a certeza de que muitos mais irei encontrar no percurso que escolhi.
Já terminou os estudos – com resultados muito bons. Como avalia o percurso que fez até aqui?
Terminei o meu mestrado de Empreendedorismo em Indústrias Criativas com distinção e com um louvor por Excelente Rendimento Académico. Antes de terminar o mestrado, trabalhei mais de um ano na indústria da moda e tenho a licenciatura em Direção Creativa de Moda pelo London College of Fashion. Durante todo o meu percurso académico frequentei também vários workshops, e trabalhei em vários setores ligados à moda, sempre com a preocupação de aumentar continuamente os meus conhecimentos e a minha experiência, bem como alargar a minha rede de contactos no âmbito da indústria.
Os seus pais têm manifestado publicamente o carinho e orgulho que sentem por si devido ao lançamento deste projeto. De que forma eles foram essenciais neste processo?
Os meus pais foram incansáveis no apoio que me deram nesta minha escolha. Sem eles nunca seria a pessoa que sou. Devo-lhes tudo.
Pediu-lhes conselhos? Quais eram os seus maiores receios?
Mais do que conselhos, pedi opiniões. Obviamente, apresentei-lhes o meu projeto de negócio e pedi que me dissessem o que pensavam dele, as suas sugestões e as suas críticas. Mas nada mais do que isso.
Por norma, os primeiros meses após o lançamento de um projeto desta dimensão são muito atarefados. Tem conseguido aliar a vida pessoal e profissional?
Tenho trabalhado muito para chegar até aqui, e mais ainda nestes últimos tempos. Sempre soube que não ia ser fácil, mas estive e estou preparada.
O que lhe têm dito as pessoas que lhe são mais próximas?
Todos têm sido extraordinários na força que me têm dado.
Aos 24 anos, já é empresária. É um peso ou uma responsabilidade?
Trabalhei muito e sinto naturalmente a responsabilidade em continuar, mas é algo que eu sabia que seria assim e que quis assumir, mesmo futuramente.
Ser filha de um treinador reconhecido internacionalmente ajuda ou dificulta?
Não ajuda, nem dificulta. Sigo o meu caminho.
Quais são os desejos para o futuro?
Profissionalmente, vou continuar a trabalhar para consolidar a MATILDE Jewellery, para construir uma comunidade orgânica e autêntica de pessoas que partilham os mesmos valores que a marca. E, claro, que 2021 nos traga um ano melhor do que 2020.
E a nível pessoal, quais são os seus objetivos?
Estou muito empenhada em fazer crescer a MATILDE Jewellery e, por isso, o meu objetivo é continuar a trabalhar como até aqui para que isso aconteça.
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