Feliz ao lado da atual companheira, Júlia, cantor abre o coração à ‘Vidas’ e fala sobre o tormento que viveu com a ex-mulher, com quem está em tribunal
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Está sem concertos, devido à pandemia de Covid-19. Como é que está a viver esta fase?
Nel: É uma situação triste, qualquer dia não me lembro das letras. Quando voltar já não sei. Não tenho medo, sempre fui um grande aventureiro. Tive sempre a ambição de ser alguém. Já tive muitos empregos. Não me assusta.
As finanças ficaram abaladas?
N: Estamos mal, mas não estamos na miséria. Houve pessoas que se ofereceram para nos emprestar dinheiro. Eu disse que não. Nunca pedi nada a ninguém. Já construí património sem ajudas. Não sou homem para pedir um tostão.
Tem receio de pedir ajuda?
Não quero que me ajudem com dinheiro. Já vivi situações no passado desagradáveis. Aconteceu emprestar dinheiro e nunca mais vê-lo.
Atualmente tem algum sustento?
N: Voltei à venda de automóveis, foi um trabalho que já tive antes e safava-me muito bem. Consegui uma parceria com um amigo e por cada venda fico com uma percentagem.
O Nel e a sua mulher Júlia ganharam muita popularidade no programa ‘Amigos Chegados’, da SIC. Correu como esperavam? Gostaram?
N: Foi uma experiência boa. Foi um risco mostrar a casa, a nossa vida. Toda a gente viu. Depois de tantas aventuras da minha vida, esta foi mais uma.
E a Júlia... O que tem a dizer?
Júlia: Ao início fiquei um bocadinho assustada e receosa, mas depois acabei por divertir-me muito. É muito gratificante receber tanto carinho.
Sentiram logo o afeto do público?
J: Estávamos já a gravar o programa há um mês e meio quando começaram a aparecer as primeiras reações. As minhas redes sociais encheram-se de pedidos e mensagens. Até hoje, ainda não consegui aceitar toda a gente.
O que acha da exposição da sua companheira?
N: Já me ultrapassou. As pessoas gostam de mim, mas ela apareceu e de repente passaram a adorá-la. Vou a qualquer lado e perguntam logo pela ‘tia Júlia’. Ganharam muito apreço por nós graças ao programa.
O que é que motivou este sucesso?
J: As brincadeiras que mostrámos no programa já tínhamos antes. As pessoas passaram a conhecer a nossa vida, desmistificaram a ideia daquilo que é a vida do artista. Eu lavo a loiça e arrumo a casa. Temos uma vida perfeitamente normal. Fomos sempre nós.
A Júlia tornou-se uma conselheira?
J: As pessoas e muitos jovens ouviram os meus conselhos ao Bruno, o menino que vivia connosco, e reviram-se. Ajudei-o a soltar-se e a ser feliz. Se um dia a minha filha chegasse a casa com uma namorada, eu só tinha de aceitar, apoiá-la e ajudá-la a ser feliz.
Deram a conhecer situações menos felizes, como o caso de bullying da Débora [filha de Nel e Júlia].
J: A minha filha autorizou que contasse o que ela passou na escola. Ela foi vítima de bullying só porque dançava com o pai nos espetáculos. Fizeram-lhe muito mal. Cuspiram-lhe para a roupa de educação física. Diziam que ela tinha dentes de cavalo. Cortaram-lhe o cabelo e chegaram a partir-lhe o telemóvel. Como mãe senti-me muito impotente. Fomos à GNR fazer queixa e passaram logo o assunto à Escola Segura.
Está ultrapassado?
J: Hoje está feliz e mais confiante. Vai concretizar um sonho antigo de ir estudar para fora. Está muito entusiasmada. Já tem tudo preparado.
O Nel contou as dificuldades que passou na infância e na vida adulta. Foi difícil voltar a essas memórias?
N: Acho que o meu sucesso passa por ser diferente. Desde infância que passei por muitas dificuldades. Tenho uma quarta classe feita não sei como. Não tenho o dom da palavra, mas tenho o da escrita. A minha vida só começou a melhorar quando fui para a tropa. As pessoas acompanharam o meu percurso e as minhas conquistas.
Valeu a pena?
N: Só posso ter orgulho naquilo que passei e construí. Tudo o que tenho conquistei do zero.
Tem uma filha mais velha [Felisbela, de 50 anos] que não vê há muito tempo. O que é motivou o afastamento?
N: Não temos nenhuma relação. Não nos vemos há mais de cinco anos. Sempre que havia algum dia especial, enviava-lhe uma oferta e ela respondia por obrigação. Nunca quis saber de mim.
Está em guerra com a sua ex-mulher [Conceição Espírito Santo]...
N: Nunca me dei muito bem com a minha primeira mulher. Saí três vezes de casa. A primeira foi para dar um aviso, mas voltei. As coisas não mudaram. Repetiu-se. À terceira vez não voltei mais. Deixei ficar tudo. Só saí com a roupa do corpo e alguns bens pessoais. Deixei um império à minha ex-mulher.
Foi uma separação difícil?
N: Estive mais de dez anos separado, sem divórcio. A minha antiga companheira dizia que só assinava se eu lhe desse uma pensão vitalícia de 300 euros mês com agravamento de 10% ao ano. Já tinha uma vida com a Júlia e acabei por aceitar o pedido. Ainda hoje tenho esse encargo. As contas foram mal feitas e acabei por dar-lhe mais dinheiro do que o suposto.
Pretende resolver a situação?
N: Temos o assunto em tribunal.
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