Problemas de saúde dos familiares preocupam Cristiano Ronaldo. Apesar dos seus 25 anos, o craque do Real Madrid é o grande apoio de toda a família
Quando, no Verão de 2007, Cristiano Ronaldo recebeu a notícia de que a mãe estava doente, o craque não se poupou a esforços para que Dolores Aveiro recuperasse o mais depressa possível do problema de saúde que a afectava. Por essa altura, o jogador ligava todos os dias, sem excepção, para a Madeira e, ao telefone, repetia os mimos que acabaram por dar o máximo alento possível à mãe, que foi operada a um tumor no peito.
'O Cristiano telefonava-me todos os dias, dizia que não era nada e para não me preocupar, que eu ia viver até aos 90 anos', conta Dolores Aveiro já depois de ter superado o cancro na mama.
Cristiano Ronaldo nunca teve uma vida fácil no que à saúde familiar se refere e, aos 25 anos, já teve de ajudar a superar diversos problemas complicados.
Recentemente, o avançado do Real Madrid viu mais um drama de saúde chegar ao clã Aveiro e, como é habitual, não olhou a meios para ajudar, neste caso, a prima Márcia Santos, de 34 anos, que se debateu com um tumor na garganta.
'A Márcia teve esse problema grave, o cancro, mas já foi operada e, felizmente, está a recuperar muito bem. Ela já saiu do hospital e está em casa. Tem tido o apoio de toda a família. O Cristiano ficou muito preocupado com ela e deu-lhe também muita força, mesmo estando em Madrid', contou a mãe do futebolista.
À semelhança do que aconteceu em casos anteriores, o jogador financiou os tratamentos à prima e não descansou enquanto o estado de saúde de Márcia não estabilizou. 'Apesar de o Cristiano ser o mais novo dos irmãos, sempre foi o suporte da família e, assim que começou a ganhar mais dinheiro, fez questão de o repartir por todos. Além disso, nos momentos complicados, sempre foi o mais sereno e tentou transmitir essa calma a toda a família', conta fonte próxima do jogador, acrescentando que este sofreu imenso quando a mãe se deparou com o problema de saúde.
'A mãe é tudo para o Cristiano e, na altura, ele sofreu imenso com a doença da D. Dolores. Mas tentou não passar essa preocupação para a família e até mostrou uma imagem de grande força interior', acrescenta a mesma fonte.
A DOENÇA DO PAI
O ano de 2005 foi marcante para Cristiano Ronaldo. Com a vida profissional a correr de feição, o avançado teve de suportar aquela que foi a maior perda da sua vida: a morte do pai, Dinis Aveiro.
O craque estava na Rússia com a selecção nacional quando recebeu a triste notícia da boca do então treinador, Luiz Felipe Scolari, e, apesar do desgosto, manteve o profissionalismo e jogou no dia seguinte. Mais tarde, e já no Campeonato do Mundo, conseguiu marcar o tão desejado golo, que dedicou àquele que foi um dos grandes responsáveis pela sua carreira de futebolista. Na memória de todos ficará o gesto de Ronaldo a apontar para o céu.
'Nós sempre acreditámos no sucesso do Ronaldo mas o meu pai acreditava ainda mais. Para ele, o meu irmão desde o início que era o melhor do Mundo e se ele estivesse cá iria viver a triplicar aquilo que nós estamos a sentir', garantiu uma das irmãs do jogador, Kátia Aveiro.
Apesar do desgosto, e mais uma vez, Cristiano Ronaldo foi quem tratou de consolar todos os elementos da família a seguir à morte de Dinis. Preocupado com o sofrimento dos irmãos, o craque resolveu, inclusive, fazer uma surpresa a Elma para a ajudar a superar o momento de grande dor.
'Quando o meu pai faleceu, a minha irmã [Elma] ficou muito em baixo e nós achávamos que ela precisava de alguma coisa para se animar. Foi então que o Ronaldo disse: ‘Acho que é a altura certa para a Elma abrir uma loja, porque foi aquilo que ela sempre quis’. E assim foi. O meu pai tinha falecido há sensivelmente três meses quando o Ronaldo falou com a Elma e disse: ‘Vai à procura de um espaço que eu quero oferecer-te uma loja’. E isso ajudou-a a dar uma volta por cima', recorda Kátia.
MIMOS PARA A FAMÍLIA
Além do apoio moral, Cristiano sempre fez questão de mimar a família com alguns luxos: ofereceu a loja à irmã após a morte do pai, um carro à mãe depois de esta ter vencido o cancro da mama e um bar ao irmão, Hugo, quando este conseguiu livrar-se do problema das drogas.
Sempre atento ao estilo de vida do irmão mais velho, Cristiano fez tudo para que este conseguisse ultrapassar as dependências e chegou a pagar-lhe dois tratamentos de desintoxicação, um em Trás-os-Montes e o outro em Inglaterra.
Quem sempre se recusou a grandes ajudas foi o pai de Cristiano, que, já com o filho a ganhar bastante dinheiro, nunca quis alterar o estilo de vida modesto. Na Madeira, Dinis continuava a trabalhar como roupeiro no clube Andorinha e a levantar-se de madrugada para ajudar o ardina de Santo António a entregar os jornais.
Mesmo quando o seu estado de saúde se agravou – e as crises renais eram cada vez mais frequentes –, Dinis Aveiro não quis dar preocupações ao filho e só na fase terminal da doença aceitou ser tratado numa clínica, em Londres.
A morte do pai acabou por ser um grande choque para Cristiano Ronaldo, que, além de vários prémios desportivos, acabou por lhe dedicar também o seu livro. 'A morte do meu pai é uma ferida que ainda não consegui cicatrizar na totalidade', pode ler-se na dedicatória.
'Amava e continuo a amar muito o meu pai. Infelizmente, já não posso contar com a sua presença física mas sinto-o sempre perto de mim. Na Rússia, não consegui marcar o golo mas fi-lo no Campeonato do Mundo da Alemanha.'
DONATIVOS
No entanto, a veia solidária de Cristiano Ronaldo não se restringe apenas ao núcleo familiar. Depois de vencer o cancro da mama, Dolores Aveiro sentiu que precisava de fazer alguma coisa para ajudar aqueles que sofrem tal como ela. Assim, em 2008, inscreveu-se como voluntária no núcleo da Madeira da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Um gesto que acabou por ser complementado pelo donativo de Cristiano Ronaldo. O jogador deu cerca de 16 mil euros para a instituição – valor que seria gasto num centro da especialidade no Hospital do Funchal –, numa altura em que o Manchester United lhe pagava mensalmente um salário na ordem dos 800 mil euros. Apesar do ‘pequeno’ gesto, os madeirenses congratularam-se com a atitude do filho da terra, que muitos acreditam ajudar outras causas de forma anónima.
CR9 CONHECE SOBRINHO
Antes de integrar o estágio da Selecção, em Coimbra, Cristiano Ronaldo aproveitou para conhecer o sobrinho Dinis. Desde o nascimento do segundo filho da irmã, Kátia Aveiro, o craque do Real Madrid ainda não tinha conseguido deslocar-se a Lisboa para visitar o mais novo rebento da família e aproveitou uma passagem-relâmpago para fazê-lo.
O segundo filho de Kátia é afilhado de Ronaldo e o seu nome é uma homenagem ao avô materno, Dinis Aveiro. O bebé vem agora consolidar a relação da ex-cantora com José Pereira, pois estiveram separados alguns anos.
LONGE DA FAMA DO FILHO
Dinis Aveiro foi, sem dúvida, o grande responsável pela carreira do filho no futebol. Desde sempre que incentivou Cristiano Ronaldo para o desporto e, assim que percebeu o quanto o jovem gostava da bola, levou-o para o Andorinha, clube da Madeira no qual trabalhava como roupeiro. Quando Ronaldo começou a conquistar a fama, Dinis Aveiro optou por manter-se distante da ribalta. Enquanto o filho se tornava num dos melhores jogadores do Mundo, o roupeiro prosseguia a sua vida normal e poucas foram as vezes que surgiu em público.
A sua morte, em 2005, foi um duro golpe para toda a família, em especial para Cristiano Ronaldo, que idolatrava o pai.
SOBRINHA DE DOLORES
Márcia dos Santos, de 34 anos, é filha de um dos irmãos de Dolores Aveiro. A prima de Cristiano Ronaldo é casada com Forninha, com quem tem uma filha chamada Francesca. Além de Márcia, o craque tem mais primos: Juliana e Nuno. Este é conhecido pela sua parecença com Ronaldo e até se fez passar por ele nas férias algarvias no ano passado.
SOLIDÁRIO COM EX-COLEGA
João Santos conheceu Cristiano Ronaldo, em 2002, quando ambos jogavam no Sporting. Ao serviço do Amora, o jovem, de 19 anos, sofreu uma lesão. Rapidamente, o craque do Real Madrid disponibilizou-se para pagar a recuperação, tendo gasto cerca de quatro mil euros.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.