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Novo Banco pondera medidas contra lesados

Protestos "colocam em causa funcionamento" do banco.

06 de maio de 2015 às 10:45

A administração do Novo Banco, liderada por Stock da Cunha, admite adotar "medidas legais" sobre os comportamentos dos lesados em papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) nos vários balcões da instituição bancária.

Em comunicado, a instituição financeira frisa que os comportamentos e iniciativas da Associação dos Indignados, "insistem colocar em causa o funcionamento dos serviços do Novo Banco ou atingir a sua reputação e a dos seus colaboradores", pelo que se reserva "o direito de adotar as medidas legais que se mostrem adequadas a tais comportamentos, para além de continuar a apoiar, sem restrições, os seus colaboradores, nomeadamente os que são ameaçados".

O banco liderado por Stock da Cunha frisa que "a rede comercial do Novo Banco é constituída por profissionais que merecem o apreço, a confiança e o apoio do Conselho de Administração, que lhes agradece o trabalho desenvolvido, os resultados alcançados e a vitalidade demonstrada em circunstâncias físicas e anímicas particularmente difíceis".

Sendo assim, o banco classifica como "ilegítimas as iniciativas, individuais ou ao abrigo da designada Associação dos Indignados", apesar de "as pessoas lesadas" terem direitos que "devem ser respeitados", mas que "não podem agir fora do quadro da lei e contra quem não cabe e não tem autonomia para os satisfazer".

Em resposta às frequentes manifestações concretizadas junto das agências do Novo Banco por todo o país, respeitantes ao papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) vendido aos balcões do BES, a instituição financeira vem mais uma vez esclarecer que "o Novo Banco é um banco de transição e não tem autonomia para decidir e executar propostas destinadas a sanar ou a compensar o incumprimento dos referidos instrumentos de dívida".

Lesados aconselha Novo Banco a não "perder tempo em 'faits divers'"

A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) do Grupo Espírito Santo (GES) aconselhou a administração do Novo Banco a "gastar o seu tempo a resolver os problemas dos clientes" em vez de o "perder em 'faits divers'".

Contactado pela agência Lusa para reagir ao comunicado hoje emitido pelo Novo Banco que admite adotar "medidas legais" sobre os comportamentos dos lesados nos vários balcões da instituição, o presidente do AIEPC considerou que "o Novo Banco devia preocupar-se mais em gastar o seu tempo a resolver os problemas dos clientes em vez que perder tempo nestes 'faits divers'".

No documento, a instituição financeira frisa que os comportamentos e iniciativas da Associação dos Indignados "insistem em colocar em causa o funcionamento dos serviços do Novo Banco ou atingir a sua reputação e a dos seus colaboradores", pelo que se reserva "o direito de adotar as medidas legais que se mostrem adequadas a tais comportamentos, para além de continuar a apoiar, sem restrições, os seus colaboradores, nomeadamente os que são ameaçados".

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