page view

Pedro Duarte vai aumentar taxa turística no Porto para quatro euros para compensar transportes gratuitos

Autarca revelou ainda em entrevista ao NOW que está em reuniões com o Governo para conseguir garantir mais 100 agentes da polícia para a cidade.

20 de novembro de 2025 às 18:19

Pedro Duarte, presidente da Câmara Municipal do Porto, revelou na quarta-feira, em entrevista ao NOW, que vai aumentar a taxa turística do Porto de três para quatro euros, para desta forma poder financiar a promessa de ter transportes públicos gratuitos na cidade até janeiro de 2027.

A revelação foi feita após uma pergunta sobre a promessa que fez na campanha de ter transportes públicos gratuitos na cidade e se iria colocar os turistas a pagar essa fatura. "Sim, porque vamos aumentar a taxa turística num euro, ela está em três euros, passará a quatro euros na cidade do Porto. E o aumento da receita que daí virá será precisamente para compensar os transportes gratuitos", disse, colocando como janeiro de 2027 a data para colocar em prática essa promessa eleitoral, embora tenha admitido que poderá ser um pouco antes.

Pedro Duarte já tinha falado do possível aumento da taxa turística da cidade durante a campanha para as autárquicas. E nessa altura até admitiu que podia subir até aos cinco euros: "Agora vamos subir um euro [para quatro], mas não coloco de parte a possibilidade de passar para cinco euros à posteriori. Isto tem algumas razões, porque o turismo tem algumas externalidades, alguns custos para a cidade que têm que ser compensados. Por outro lado temos de começar a mudar o perfil do turista que frequenta a cidade do Porto, no sentido de termos um perfil de turista com capacidade económica e que dê um retorno diferente para a cidade. Se calhar neste momento não temos de apostar tanto na quantidade, mas talvez mais na qualidade, se me permitem a expressão."

Na entrevista ao NOW, o líder da câmara portuense revelou ainda que está em reuniões com o Governo para conseguir garantir mais 100 agentes da polícia para a cidade, outra das suas promessas eleitorais. "Tenho agora confronto muito mais direto com aquilo que é a realidade da cidade. Acho que quem faz o dia a dia no Porto percebe que há um problema dramático, e quando digo dramático não é felizmente porque temos problemas de violência grave, estamos a falar de pequena criminalidade mas que tem um impacto enorme na vida das pessoas", referiu

E esclareceu também a questão da proximidade ao Chega, explicando que essa aproximação só sucede na questão de apoiar "uma política mais repressiva em determinado tipo de circunstâncias". Mas deixou claro um ponto: "Afasto-me muito do Chega porque eu quero complementar essa política repressiva com uma política social, também igualmente efetiva."

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8