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Triatleta assassinado em Avis foi encontrado com um saco na cabeça

Investigada hipótese de crime passional ou ajuste de contas. Engenheiro informático tinha 50 anos.

27 de agosto de 2018 às 01:30

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A PJ investiga o passado de Luís Miguel Grilo. O triatleta, de 50 anos, desaparecido há mais de um mês, foi assassinado e as autoridades procuram encontrar provas para explicar o crime. Desconhece-se, porém, se foi um ajuste de contas ou um crime passional. A mulher do atleta foi ouvida numa primeira fase, mas a PJ ainda está a recolher indícios que permitam esclarecer as circunstâncias da morte.

Neste momento, pouco se sabe. O corpo foi encontrado a 134 quilómetros de distância do local onde apareceu o seu telemóvel. Continua a não haver rasto da bicicleta e o cadáver, já analisado no Instituto de Medicina Legal de Lisboa, não dá respostas. Não há sinais de disparo de arma de fogo, há apenas fraturas ao nível da cabeça.

Mas não é líquido que seja essa a causa da morte. Luís Miguel Grilo tinha um saco na cabeça quando o corpo foi encontrado. Das duas, uma: ou alguém não queria que ele soubesse o caminho que fazia até Portalegre ou foi asfixiado. Os exames médico-legais feitos ao corpo em elevado estado de decomposição não permitem, para já, esclarecer se a morte se deveu à fratura ou a asfixia.

A única certeza é que a morte não foi natural, foi provocada por intervenção de terceiros. Os exames complementares podem dar respostas, mas vai demorar algumas semanas até que os resultados sejam conhecidos.

O corpo foi encontrado sexta-feira num local ermo, junto à Estrada Municipal 1070, perto de Alcórrego, Avis, no distrito de Portalegre, por um homem que sentiu o cheiro a putrefação. A confirmação da identidade foi feita pelas impressões digitais de Luís Miguel Grilo, que tinha desaparecido na zona das Cachoeiras, perto de Vila Franca de Xira.

Ontem de manhã, uma equipa da PJ voltou ao local para tentar reconstruir a forma como o cadáver foi ali depositado.

Sai para treinar duas horas e não regressa

O engenheiro que tinha grande paixão pelo triatlo 

Luís Miguel Grilo era natural de Vila Franca de Xira, estudou na escola Reynaldo dos Santos e, segundo a sua página pessoal na rede Facebook, teve uma passagem por França, onde se formou. Atualmente, o triatleta era dono de uma empresa com sede em Alverca, a Gsystem – Consultoria Informática e Assistência Técnica.

Luís Grilo vivia na aldeia de Cachoeiras, que pertence ao concelho de Vila Franca de Xira, numa vivenda geminada, juntamente com a mulher, Rosa Grilo – que também trabalha na Gsystem – e um filho ainda menor de idade. Apesar do desaparecimento, a empresa mantém-se em funcionamento em Alverca. Era visto pela população de Cachoeiras – onde viveria há cerca de dois anos – como uma pessoa pacata, que tinha por hábito passear o cão e treinar de bicicleta.

DEPOIMENTOS

Diamantino Bastos [Morador de Cachoeiras] - "Surpreendido pelo corpo ter aparecido tão longe"

Vicente Rodrigues [Morador de Cachoeiras] - "Tudo isto pode ter sido um ajuste de contas"

Popular encontra telemóvel em berma de estrada 

Amigos e familiares participam em buscas

Câmaras captam vulto a passar 

Apelos no Facebook e cartazes afixados

Desaparecimento passa para a PJ

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