A edição de hoje
Cantora retomou a ‘Dangerous Woman Tour’ após o atentado terrorista de Manchester.
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Foi com um palco nu e com a companhia de dez bailarinos vestidos de negro que Ariana Grande arrancou o seu concerto da ‘Dangerous Woman Tour’, ontem à noite no MEO Arena, em Lisboa.
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A primeira coisa que surpreendeu no espetáculo foi a sua simplicidade. Não houve grandes cenários ou até efeitos especiais, apenas mudanças frequentes nos figurinos e alguns adereços que entravam e saíam de cena a tempo marcado. O resto era apenas voz e presença. Ariana é muito bonita, tem boa voz e parece mais jovem do que os seus 23 anos. O show que trouxe à capital portuguesa foi sensual, mas não demasiado sexualizado.
Com um espetáculo planeado - e executado ao pormenor e sem margem para grandes improvisos - a jovem artista norte-americana parecia uma máquina performativa altamente afinada.
Se o público gostou? Pareceu ter adorado. O MEO Arena não esgotou mas encheu confortavelmente para ver a cantora pequena de voz grande e quase nem se deu pela presença reforçada de seguranças. Só à volta do palco e da plataforma que avançava sobre a plateia eram 20, de camisolas fluorescentes. Mas durante o espetáculo tudo isso foi esquecido, até os fantasmas do ataque terrorista de Manchester, no passado dia 22 de maio.
Até à hora de fecho desta edição do jornal, Ariana não tinha feito qualquer menção ao atentado, nem isso lhe era pedido. O seu papel é cantar, e cantou. A sua função é fazer dançar, e fez dançar. E não foram só os adolescentes que pularam neste concerto.
No MEO Arena também se viam muitos pais que, tal como os filhos, pareciam estar a divertir-se bastante, ao mesmo tempo que registavam os melhores momentos do concerto com os respetivos telemóveis, dando depois notícia disso nas redes sociais.
Felizmente para todos aqueles que passaram pelo recinto lisboeta ontem à noite as maiores emoções ali vividas foram mesmo as canções de Ariana Grande.
Voz poderosa de Victoria Monét
KnowleDJ pôs milhares a dançar
Digressão rende mais de 32 milhões
Mochilas passam a ser banidas dos concertos
Mochilas passam a ser banidas dos concertos As mochilas foram proibidas no concerto de ontem de Ariana Grande e serão banidas de todos os espetáculos da promotora Everything is New, disse ontem ao CM Álvaro Covões, diretor da empresa.
Esta é uma medida extraordinária de segurança, resultante do ataque terrorista de 22 de maio após um espetáculo da artista em Manchester, Inglaterra, que fez 23 mortos e 119 feridos. Ontem, os milhares de fãs de Ariana Grande foram revistados à entrada do MEO Arena em dezenas de postos, em todas as entradas, cada um com pelo menos cinco agentes da PSP.
As pessoas aguardavam com tranquilidade a hora de entrada e auxiliaram o trabalho da polícia, que pediu para que os procedimentos não fossem filmados para assim não serem do conhecimento de eventuais criminosos. Álvaro Covões revelou que o concerto de ontem foi aquele com "policiamento mais visível", mas houve outros, como o da banda britânica Muse, "com mais agentes". "Há medidas de segurança que não podem ser divulgadas", referiu.
O promotor dos concertos afirmou que o cancelamento da digressão de Ariana Grande - que chegou a ser ponderado após o ataque de Manchester - "teria transmitido uma mensagem muito má". A Everything is New tem agendados concertos de Aerosmith (sexta-feira) e o NOS Alive (6 a 8 de julho).
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