Matador saiu em ombros pela porta grande.
Aguardando com muita expectativa um cartel que opunha duas figuras mundiais das arenas, o espectáculo correspondeu em absoluto. O público que encheu as bancadas da magnífica Praça de Touros do Campo Pequeno sentiu-se feliz por ter tido o privilégio de ver em ação o rojoneador luso-espanhol Diego Ventura e o matador Julian Lopez "El Juli", o maior matador de touros da História ou, pelo menos, um dos mais notáveis. Afinal dois artistas que arrebatam multidões em todo o planeta taurino.
Para completar o interessante (e, por certo, dispendioso cartaz) havia o prestigiado grupo de forcados de Montemor para pegar touros das ganadarias Vinhas, Passanha e Cortes Moura e, ainda, os touros das ganadarias espanholas Garcigrande e Domingo Hernandez para "El Juli". Sob a direção de Pedro Reinhardt, assessorado pelo veterinário Moreira da Silva, antes da corrida houve uma homenagem ao antigo matador Mário Coelho, pelos 60 anos de toureio.
A administração do Campo Pequeno ofereceu ao matador uma significativa lembrança: ao intervalo foi destapada no átrio uma lápide alusiva ao acontecimento. Diego Ventura foi o primeiro a entrar em ação e deu o mote para uma grande noite ao protagonizar uma atuação de rojoneio espectacular, sendo delirantemente aplaudido.
Seguiu-se "El Juli" e a maioria dos plumitivos presentes suspendeu a sua escrita para admirar a extraordinária faena do toureiro de Velilla (Madrid). Com a capa mostrou-se um maestro e quando pegou na muleta executou um verdadeiro hino à arte de tourear.
A técnica, a experiência e o saber envolveu a praça de um perfume especial que só está ao alcance dos predestinados. Ventura e Juli mostraram que não têm rivais atualmente. São realmente únicos nas suas especialidades.
Nas atuações seguintes, Diego voltou a estar enorme, desenvolvendo uma interessante lide que, não sendo clássica, é à portuguesa com cites frontais, remates das sortes que qualquer cavaleiro português ambiciona executar. Ventura mostrou toda a sua classe, mas grande parte do público ansiava pelas faenas de "El Juli" e o matador confirmou que é um toureiro de uma dimensão extraordinária.
Duas faenas fabulosas, com a capa e com a muleta, execução impecável das suas "lopesinas", passes cambiados, molinetes e muitos outros passes em séries de sonho que a assistência premiou, gritando "torero, torero" e obrigando Juli a dar duas voltas à arena em cada touro, em especial quando viu o madrileno oferecer ao público três pares de bandarilhas colossais. Os forcados de Montemor fecharam-se bem à primeira, com exceção da segunda pega, consumada à terceira tentativa.
Os touros tiveram bom comportamento e, por se lesionar, foi substituído o touro que competia a Ventura. Como epílogo desta grande noite de touros, Julian Lopez "El Juli" saiu em ombros pela porta grande, facto que não se registava desde 2011, em que o matador António Ferrera saíra também pela mesma porta.
O cavaleiro praticante David Gomes e o matador António José Ferreira, como sobressalientes, tiveram oportunidade de cravar dois ferros e executar alguns lances de capa, respetivamente. Uma noite que será recordada pelos aficionados.
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