Porta-voz do PAN tem as touradas como alvo preferencial.
O primeiro eco (nota positiva) esteve na luta renovada pelo Dr. Ribeiro e Castro, acérrimo defensor da reposição do feriado do dia 1 de dezembro de 1640 (reconquista da independência nacional) quando voltou à carga com argumentos de muita valia histórica e social, numa intervenção à qual me associo, como tantos outros portugueses para quem esse feriado e a efeméride que lhe subjaz têm elevado significado, contrariamente ao que entenderam os que, insensatamente, o aboliram.
Acrescentando, aqui e agora, ao abrigo da matriz que uso comentar, isto é, as artes tauromáquicas, que a dinastia de Bragança tornada realeza nessa data histórica desempenhou um papel importante na evolução da arte da gineta (génese do toureio a cavalo à portuguesa, como escreveu António Galvão de Andrade na sua obra ‘Arte da Cavalaria de Gineta e Estardiota’, em 1678), e também o colorido e a paixão pela tauromaquia, que ficamos a dever aos reis da Casa de Bragança, de D. João IV, a D. Miguel e até D. Carlos, que não só incluíram o toureio no seu trato lúdico como concorreram para vincular uma tradição socio cultural ao seu tempo histórico transmitido, naturalmente, às gerações vindouras.
O segundo eco da semana (que dificilmente poderei qualificar), chegou-nos do aproveitamento "ardiloso" que o porta-voz do PAN vem fazendo do direito de botar fala nas sessões do Parlamento na hora em que este vivia momento político pesado e difícil. Chegada a sua vez de opinar começou sempre por abordar (muito ao de leve) os propósitos do seu partido, "mascarando", inequivocamente, que o seu alvo preferencial – arriscaria dizer que único, pois já mostrou que bem pouco lhe interessam as pessoas que fogem aos seus ideais doutrinários, e que da natureza só conhece o trivial – são mesmo as touradas e tudo o que as rodeia.
Matéria esta que nem aceitará discutir e menos ainda estudar. A prova final e insuspeita desta posição surgiu na hora em que se discutia, no Parlamento, a questão do Governo de António Costa e aproveitou para lhe "exigir" (mais uma vez) que o tema "proibição das touradas" entrasse para o debate futuro.
O atual PM, com a inteligência e a sagacidade já reconhecidas, respondeu que o tratamento dessas questões terá que ser da responsabilidade do poder autárquico, uma vez que cada região, distrito, concelho, vila ou aldeia, tem a sua romaria própria, o seu Santo Padroeiro, a sua feira e as sua festas, onde os toiros estão ou não presentes ,consoante e conforme as suas tradições. Sobretudo porque Portugal não é apenas Lisboa e Porto e outros grandes centros urbanos.
Foi visível o descontentamento do Sr. André Silva (que já deu mostras da sua estratégia e sentiu que essa opção não lhe servia, por motivos óbvios). E assim, na sessão seguinte, quando se votou a rejeição da rejeição, absteve-se.
Na demonstração de que a temática não interessa à sua causa? Na intenção de buscar simpatias (e votos) em todas as bancadas? No convencimento de que a sua dialéctica bastará para mudar as estruturas fisiológicas e os hábitos e crenças socioculturais de um povo mediterrânico e milenar? É mesmo um "caso" este Sr. Silva!
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