O Record encontrou a menina que CR7 levou pela mão há um ano na Taça das Confederações. Tudo mudou para esta estrela!
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Há dias em que nos sentimos pequenos. Este foi um deles. Lembra-se de Polina? Trata-se da menina russa, agora com 11 anos, que entrou de cadeira de rodas ao lado de Cristiano Ronaldo no jogo frente à Rússia na Taça das Confederações. Um ano depois, tudo mudou. O Record descobriu por onde andava esta pequena guerreira, que deu nas vistas no jogo de abertura, entre os anfitriões e a Arábia Saudita, porque se pôs de pé durante alguns instantes. Acredite ou não, Cristiano Ronaldo foi o grande culpado. A querida Polina explica.
"Quando o conheci, quis ser tão forte como ele. Deu-me forças para lutar. Quis levantar-me, começar a andar e tornar esse sonho real. Ele fez com que os meus sonhos se tornassem realidade porque é tão forte e um símbolo de esperança. Ronaldo foi muito importante para alcançar os meus sonhos", conta a menina a Record. Esse sonho foi concretizado através da Fundação Ronald McDonald, que construiu um exoesqueleto para que Polina pudesse ficar de pé e dar alguns passos. Mais do que isso será difícil, uma vez que tem espinha bífida, uma doença congénita.
"Ronaldo foi muito importante porque, depois de o conhecer, comecei a minha conta no Instagram, comecei a treinar e a ser mais forte. Conhecer uma pessoa como Ronaldo tornou-me numa pessoa mais forte. Ele já conseguiu tanto, lutou tanto, tem tantos adeptos, tanta gente gosta dele e comecei a seguir toda a vida dele", explica Polina, com a ajuda da tradução de Olga, mãe adotiva que não esquece o gesto de Ronaldo. É que CR7 deu o casaco e recebeu uma pulseira. "Foi a primeira vez que esteve num campo de futebol e ficou louca com o som, as luzes, todo o ambiente, as câmaras", explica a mãe, enquanto Polina acredita que a pulseira deu sorte. "Fiz-lhe a pulseira da bandeira portuguesa com missangas e acho que deu sorte. Ele é o melhor do Mundo, não é? Acho que foi por causa da minha pulseira! Nem acreditava que aquilo estava mesmo a acontecer. Deu-me o casaco e nem agradeci", acrescenta.
Contas feitas, Ronaldo e Portugal têm uma adepta bem especial. É que Polina só quer mesmo que a equipa das quinas ganhe. "Claro que gosto da Rússia, mas Portugal é que tem mesmo hipóteses de ganhar o Mundial. Por isso, quero que Portugal seja campeão e que o Ronaldo seja feliz!", atirou, sem esconder que gostava de estar com CR7 outra vez. "Sei que é mesmo difícil, mas queria desejar-lhe boa sorte e que continue a fazer grandes golos", disse. Mas ficou bem claro que o golo mais bonito, o mais importante, que Ronaldo já marcou foi há um ano. O Mundo parou e só Polina importava.
Cadeira de rodas não a impede de ser... guarda-redes
Polina é obcecada por Cristiano Ronaldo e segue tudo o que o craque coloca nas redes sociais. Ainda assim, o internacional tem de dividir o coração de Polina com uma outra figura: Igor Akinfeev, guarda-redes da Rússia e do CSKA Moscovo, clube que a menina apoia. Akinfeev é um dos favoritos, não só por ser russo mas também porque ocupa a mesma posição que Polina no campo. Estranho? Nada disso. "Já conheci Akinfeev depois da Taça das Confederações. Pedi tanto que aconteceu no estádio do CSKA, que é o clube que mais gosto. Gosto muito dele porque é guarda-redes. Eu também sou guarda-redes, sabias? Quando jogo com o meu irmão, eu fico à baliza e ele é o avançado que tenta marcar golos", diz, sorridente, na cadeira de rodas.
Agora já só falta uma dedicatória
Um dos grandes objetivos que Polina tem agora é voltar a estar com Cristiano Ronaldo. Mas há um outro bem especial que, pelo menos, vamos tentar ajudar a concretizar. "Adorava que me dedicasse um golo! Gostava mesmo muito", começa por explicar, de olhos bem abertos, sem esconder o entusiasmo. Aliás, essa expressividade é, sem dúvida, o traço mais forte de Polina. "Olha, pode ser assim!", diz-nos, enquanto bate duas vezes com a mão fechada no peito, antes de fazer um ‘V’ com os dedos. "Significa vitória porque quero que ele ganhe", acrescenta, num gesto que também pode conferir num vídeo no site de Record.
Este é um dos focos de Polina, mas qual é o grande sonho? Essa é uma pergunta que merece uma resposta mais profunda, mesmo com crianças à volta a jogar à bola nos arredores de Moscovo. "O meu grande sonho é conseguir ter amigos e dar-me com as outras crianças normalmente. Eu sei que não consigo andar, mas quero tentar e conseguir fazer as coisas por mim. Quero crescer e saber fazer mais coisas", confessa, antes de lembrar esse momento em que se pôs de pé perto de Akinfeev.
"Queria mesmo conseguir levantar-me. Foi o momento mais poderoso e incrível da minha vida até agora. Espero ter muitos mais ainda", garante, sempre determinada e muito focada. Ainda se enervou porque não acertava o inglês no vídeo para o nosso jornal, mas deu uma volta, recompôs-se e esteve à altura. Uma craque, tal como no dia em que conheceu CR7. "Só sorria e nem conseguiu dormir. Sorriram muito um para o outro e ele apertou-lhe as bochechas, fez-lhe festinhas e riram muito. Só não falaram porque a FIFA proíbe", revela Olga.
Estar ao nível das crianças ‘chega’
A condição de Polina não pode melhorar muito mais do que o ponto em que se encontra, mas isso não tira motivação à menina nem à mãe. Olga garante que o que está a acontecer já vale por tudo: "Não pode melhorar, mas dá para ficar de pé e isso é muito importante para ela. Assim pode estar ao nível das pessoas. Já não está rebaixada e pode sentir-se como as outras crianças. Ela nunca vai poder andar por si, mas sente que assim consegue."
Lágrimas de orgulho
Enquanto o nosso Pedro Ferreira tirava as fotografias, era fácil perceber como Olga tem um orgulho desmedido em relação à vida de superação de Polina. Bastava perceber o olhar, confirmado quando perguntámos como foi ver a filha sair da cadeira de rodas e ficar de pé no jogo inaugural deste Campeonato do Mundo. "Fiquei a chorar mal a vi a levantar-se à frente do Akinfeev. Não conseguia parar de chorar, porque conhecer pessoas destas é tão importante para a Polina... Se ela se conseguir ligar a pessoas tão interessantes, é muito especial porque a motiva tanto e a leva muito longe", recorda.
Ainda assim, todo este sonho que Polina vive também tem alguns efeitos menos positivos. Por exemplo, muitos dos meninos que estavam a brincar no parque, gostavam de ter estado no lugar da jovem russa. "Há muitas crianças aqui à volta a sonhar com esta oportunidade, mas uma menina pequena teve essa oportunidade e ficaram com inveja", conta-nos a mãe Olga.
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