Equipa nacional continua a jogar mal. Cria poucas oportunidades, mas controla o meio-campo e expõe-se menos.
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Agora sim, Portugal está a jogar mal, mas com solidez. Este encontro decisivo com um nervoso Irão, que Carlos Queiroz desfeia com o seu histerismo constante, aproxima a seleção do tipo de futebol praticado em França há dois anos. Controlo do meio-campo, busca de segurança na troca de bola. Assim, Portugal cria poucas oportunidades, mas também são poucas as bolas perigosas que consente.
De forma óbvia o jogo fica marcado pelo penálti que Ronaldo perde, no início da segunda parte, mas já lá chegaremos.
A colocação de Adrien junto a William traz mais segurança à zona central. Quaresma, num dos flancos, é garantia de génio agora temperado com muita experiência. André Silva na frente é uma boa alternativa a Gonçalo Guedes, mas as exibições de um ou de outro dependem muito da inspiração de Ronaldo, que ontem andou adormecida.
A equipa portuguesa entra mandona até aos 20’. A melhor oportunidade surge aos 9’, quando a descoordenação entre o guardião iraniano e um defesa deixa a bola doce para um remate frontal de João Mário. O tiro saiu por cima.
A partir dos 20’, os iranianos passam a marcar a saída de bola de William, o nosso lento trinco começa a sentir maiores dificuldades e os iranianos tomam o comando do jogo.
Só próximo dos 40’, Portugal volta a encontrar argumentos para equilibrar o jogo. Mas o golo de Quaresma, aos 45’, pouco tem a ver com caudal coletivo. É um momento empático entre Quaresma e Adrien, com a triangulação a passar do calcanhar de Adrien para uma trivela de Quaresma, a internar-se desde a meia direita. Um golo lindo que leva Portugal em vantagem para o descanso.
O segundo tempo começa com o lance de penálti sobre Ronaldo. Depois de três minutos a falar e partilhar observação de imagens com o vídeo- –árbitro, enquanto o selecionador iraniano começa o seu festival de gestos desabridos, o juiz de campo marca penálti.
Aos 53’. Ronaldo falha. O guardião defende com qualidade. Quando Ronaldo falha, toda a equipa treme.
A partir deste lance é do Irão o mando no jogo. Pepe vai impondo a sua lei, com bom posicionamento e uma velocidade que se saúda.
No domínio persa, registe-se a exibição em crescendo de Carlos Queiroz, o selecionador iraniano, que várias vezes mereceu ordem de expulsão, e as gaitas africanas, sopradas por milhares de iranianos, a remeterem Queiroz e Ronaldo para as contas por acertar no Mundial de 2010.
Ronaldo fica tão marcado pelo penálti falhado que fica na mão do árbitro quando, aos 80’, afasta um adversário com um gesto que inclui o cotovelo. Depois de longa paragem para ver imagens, o árbitro opta pelo amarelo.
Nova grande paragem para avaliar uma mão de Cédric, num lance dividido na área de Patrício. A decisão chega aos 90+3’, com um penálti bem assinalado e melhor executado. O empate justifica-se. Que venha o Uruguai.
MAIS
Pepe
A crescer de jogo para jogo, Pepe é exemplo para todo o grupo nacional. Que orgulho ter a mesma nacionalidade deste guerreiro que, aos 34 anos, mostra o caminho para mais uma grande campanha. Até a velocidade já chega para fazer companhia à coragem e técnica de sempre. Dá confiança.
MENOS
Carlos Queiroz
O trajeto de Queiroz pelo futebol merece respeito. E, não esqueçamos, deu dois títulos de sub-20 a Portugal. Depois, na seleção principal, nunca conseguiu levar a nau a bom porto. No seu exílio em Teerão, escusava de ajustar contas de há oito anos com Ronaldo. Ridícula, a forma como gesticulou no banco.
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