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“Tenho saudades da minha casa”: Moradores deslocados para a construção da Barragem de Daivões

Glória e Eurico foram os últimos a sair de casa, em 2020. Passados três anos, ainda não recuperaram os bens que permanecem guardados num contentor.

18 de junho de 2023 às 01:30

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Glória e Eurico
Glória e Eurico Paulo Duarte
Barragem de Daivões
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Viveram durante 45 anos no conforto da casa que foram construindo ao longo de toda a vida, fruto do suor do trabalho na agricultura. Foi em Ribeira de Baixo, no concelho de Ribeira de Pena, que criaram os quatro filhos. Glória Gonçalves e Eurico Fernandes tinham uma lareira para os aquecer nos dias frios de inverno, um jardim florido, uma horta e uma zona para criação de animais para consumo. Porém, em 2017, foram informados que tinham de sair da moradia, uma vez que a aldeia ia ficar completamente submersa, devido à construção da barragem de Daivões. A Iberdrola, concessionária do projeto, deu-lhes 78 mil € pela casa. Saíram a 28 de março de 2020. Nove dias depois, a 6 de abril, a habitação foi destruída. Ribeira de Baixo desapareceu para sempre. Hoje resta apenas o terreno. Parte da zona onde ficavam as casas, todas elas deitadas a baixo, está já alagada, no fundo do rio Tâmega.

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