Organização destacou o "fraco sentimento dos consumidores e a elevada incerteza", que "aumentaram a poupança por precaução" e "pesaram no crescimento do consumo".
O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a rever em baixa as previsões para a zona euro este ano, estimando agora um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8% e apontando uma procura interna "fraca" e "elevada incerteza".
No World Economic Outlook (WEO) do FMI, esta terça-feira publicado, a organização estima agora um crescimento do PIB da zona euro de 0,8%, face aos 1% apontados numa atualização publicada em janeiro.
Para 2026, o FMI aponta um crescimento da zona euro de 1,2%, uma estimativa também inferior aos 1,4% que previa em janeiro.
"A zona euro tem vindo a registar uma recuperação cíclica, mas a procura interna tem sido fraca e, com exceção da Alemanha, o contributo do crescimento do consumo pode ter atingido o seu ponto máximo nas suas maiores economias", indicou o FMI.
A organização apontou ainda o "fraco sentimento dos consumidores e a elevada incerteza", que "aumentaram a poupança por precaução" e "pesaram no crescimento do consumo".
O FMI acrescentou ainda que a atividade industrial se manteve "fraca devido à persistência de preços da energia mais elevados, enquanto os serviços foram o principal motor de crescimento, contribuindo para a divergência entre os países europeus, em especial os que dependem mais fortemente destes setores, nomeadamente a Alemanha e a Espanha".
A Alemanha destaca-se nas previsões do FMI pela estagnação prevista para este ano (0%) e crescimento de 0,9% estimado para 2026. França deverá ter um crescimento do PIB de 0,6% este ano e 1% em 2026.
A crescer a um ritmo superior este ano, segundo o FMI, estão os países do sul da Europa, incluindo Portugal (2%), com Espanha a ter um crescimento estimado de 2,5% do PIB e a Grécia de 2%.
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