A família Mirpuri deixou dívidas ao Fisco superiores a seis milhões de euros na Air Luxor. Segundo apurou o CM a maior parte das dívidas da companhia aérea reportam-se à data da gestão da família Mirpuri.
Isto significa que são anteriores a Julho de 2006, altura em que o Longstock Finacial Group, um grupo de investidores luso-canadianos, liderados pelo jurista Vítor Pinto da Costa, adquiriu a ‘holding’ da companhia aérea, englobando as empresas; Air Luxor, Air Luxor STP (São Tomé), Air Luxor GB (Guiné-Bissau), bem como o operador turístico Air Luxor Tours.
Para recuperar parte da dívida (cerca de 377 mil euros), o 10.º Bairro Fiscal vai vender, no próximo dia 8 de Maio (processo n.º 3255200601023098), dois aviões da marca Falcon, Modelo 20E de 1973. O valor mínimo da venda é de 1,4 milhões de euros, e os compradores terão de enviar as suas proposta de compra, por carta fechada, até essa data. O proponente que ganhar a licitação deverá depositar na Tesouraria de Finanças, pelo menos, um terço do valor a pagar, devendo o restante ser depositado no prazo de 15 dias após a aquisição.
Ao ser confrontada pelo CM sobre os dois Falcon que vão ser vendidos no dia 8 de Maio para pagar parte da dívida fiscal de 6 milhões de euros, Marinela Mirpuri acrescentou: “Falcons? A Air Luxor não tinha Falcon. Não sei onde foram buscar essa informação.” Sobre a dívida fiscal diz: “Não sei de nada, porque há bastante tempo que a empresa não é nossa.”
Sobre o facto de todas as dívidas da Air Luxor serem atribuídas à família Mirpuri, Marinela mostrou-se surpreendida e afirmou: “Que eu saiba, a nossa família não tem dívidas. Só se alguém sabe mais do que nós. Quando a Air Luxor foi vendida, foi com o seu passivo e activo e já foi há algum tempo. Portanto, só podem ser dívidas da Air Luxor e não terão nada a ver com a nossa família.”
Só um dos processos que se encontra em execução fiscal, e que remonta a 2005, totaliza cerca de três milhões de euros.
O FIM DE UMA COMPANHIA
A Air Luxor, criada por Paulo Mirpuri de 39 anos, o sexto de sete irmãos, filhos de um empresário nascido no Norte da Índia e de uma portuguesa nascida em Luanda, começou a definhar em 2001. Nesse ano a companhia é afastada da rota dos Açores, “de uma forma ilegal”, reclamam os responsáveis da empresa, que já tinham alugado dois Airbus à SALE. Em 2003 começam os atrasos no pagamento do leasing dos aviões, que se acumulam em 2004 e 2005. Em 2006, a companhia perde a licença de transporte aéreo, depois dos dois Airbus terem sido arrestados no aeroporto de Paris/Orly.
Numa tentativa desesperada para salvar a empresa, Paulo Mirpuri, substitui o nome de Air Luxor por Hy Fly.
JACTOS PRIVADOS
O negócio da aviação executiva, que marcou o início da actividade da companhia Air Luxor, mantém-se na família Mirpuri, através da liderança de Marinela.
'LOW COST'
O comprador da Air Luxor, o Longstock Financial Group, anunciou que a sua intenção era transformar a companhia numa ‘low cost’ (a Flay 3x2.com), com vendas via internet.
MULTA DE 105 MIL
Em 2006 o Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) multou a Air Luxor em 105 mil euros por incumprimento das obrigações de serviço público na rota Lisboa/Funchal/Lisboa, em particular por praticar descontos acima do permitido.
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