"Manter um vereador é um resultado que nós ambicionamos", disse Paulo Raimundo.
O secretário-geral do PCP manifestou-se, esta terça-feira, convicto de que a CDU vai conseguir reforçar a sua votação no Porto, para impedir que a cidade se torne num "'resort' turístico" e continue a ser "vendida às fatias".
Em declarações aos jornalistas antes de um comício na Praça da Corujeira, no Porto, Paulo Raimundo defendeu que a CDU tem "um património de ação, de luta e de ligação às populações" da cidade e manifestou-se convicto de que a coligação sairá reforçada nas autárquicas.
"Manter um vereador é um resultado que nós ambicionamos, mas queremos que esse vereador tenha mais respaldo do ponto de vista eleitoral, ou seja, mais votos", frisou.
Entre os problemas que identificou na cidade do Porto, Paulo Raimundo destacou o "desafio da habitação" e dos "despejos das pessoas das suas casas", que estão a ser "empurradas para fora da cidade do Porto".
"E depois há outra coisa: o Porto é uma cidade com características únicas, que recebe muito bem, sempre. Agora, o Porto não se pode transformar num 'resort' turístico, o Porto é mais do que um 'resort' turístico", defendeu.
Questionado se perder o vereador no Porto seria uma derrota para a CDU, Paulo Raimundo respondeu que seria "uma grande derrota para a população do Porto, para os trabalhadores da autarquia e para os moradores dos bairros do Porto, que têm na CDU a sua única voz".
"Portanto, isso não vai acontecer, para o bem desta gente toda, não vai acontecer. Estamos muito confiantes", referiu.
Depois, num discurso no comício, Paulo Raimundo defendeu que o "grande desejo e sonho" de quem "quer continuar a retalhar o Porto e a vendê-lo às fatias, era que não houvesse a voz do povo na Câmara Municipal".
"Mas por mais que seja a propaganda, que é muita, por mais que sejam os meios, que são muitos, por mais que seja a mentira, a demagogia, a calúnia e a aldrabice, o povo do Porto não só não vai deixar que a sua voz não se faça ouvir, como vai dar mais força à sua voz", afirmou.
Paulo Raimundo defendeu que o povo "está farto de manobras, de golpadas, de gritarias" e sabe que precisa "não é de barulho, não é de fitas: precisa é de soluções para a sua vida".
"Nós honrámos cada um dos 7.609 votos que o povo do Porto nos deu nas últimas eleições. Todos eles foram honrados e todos eles têm razões acrescidas não só para apoiar novamente, mas para replicar esse apoio em todos nós", afirmou.
A candidata da CDU à Câmara Municipal do Porto é a ex-deputada do PCP Diana Ferreira, que sucede nas listas da coligação à histórica comunista Ilda Figueiredo, que era vereadora na cidade desde 2017.
Num discurso neste comício, Diana Ferreira disse que a CDU tenciona construir "uma cidade mais justa, mais solidária, mais inclusiva", considerando que, atualmente, o Porto está marcado por "desigualdades, pela negação de direitos" e "pelo privilégio a um Porto panfletário do turismo, que nada tem a ver com o Porto real do quotidiano".
"Esta realidade dramática que o povo do Porto enfrenta não é de hoje e não resulta do acaso. Tem responsáveis que, tanto no plano nacional -- PS, PSD e outros à sua direita --, como no plano local -- PS, PSD, Rui Moreira e seus seguidores --, foram deixando um rasto de degradação de direitos por via das opções políticas que foram fazendo", acusou.
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