Dois candidatados estiveram, esta terça-feira, na apresentação de um estudo sobre direitos de pessoas com deficiência.
Os candidatos presidenciais João Cotrim Figueiredo e Jorge Pinto criticaram, esta terça-feira, as recentes declarações da ministra do Trabalho sobre a greve geral, considerando que pressões e ameaças dificultam o diálogo e um desfecho favorável desta situação.
Os dois candidatados estiveram, esta terça-feira, na apresentação de um estudo sobre direitos de pessoas com deficiência e, no final, foram questionados pelos jornalistas sobre as declarações da véspera da ministra do Trabalho, de que as pessoas estão "cansadas de greves por razões políticas", que o Governo não quer facilitar despedimentos e espera que o cumprimento dos serviços mínimos torne desnecessária a requisição civil.
"O facto de o conteúdo da legislação laboral flexibilizar as relações de trabalho é inegável e é esse um dos objetivos. E não é a facilitação do despedimento, também facilita o recrutamento. Se não for com essa intenção de flexibilizar a lei, não sei para que é que o Governo comprou toda esta guerra", apontou Cotrim Figueiredo.
Para o candidato apoiado pela IL, "estar à partida a atribuir motivações políticas a qualquer convocação de uma greve" é errado.
"O que podemos é juntar os dados históricos das greves, sobretudo as greves gerais que têm havido em Portugal e reconhecer que há um padrão de alinhamento sistemático das instituições da CGTP com o PCP, isso é uma coisa que historicamente devemos fazer", disse apenas, recusando que se diga isso antecipadamente desta greve "quando ainda há contactos e ainda há hipóteses de negociação com o UGT".
Sobre a questão dos serviços mínimos, para Cotrim Figueiredo, "é o género de pressão que era perfeitamente dispensável", o de relembrar "aos trabalhadores que há a possibilidade de requisição civil a qualquer altura", porque estes sabem isso e também sabem "que os serviços mínimos que são decretados são para cumprir"
"Acho que é um tipo de declarações que não ajuda a um desfecho que eu espero célere e tão negociado quanto possível, tão consensual quanto possível", apontou.
Já Jorge Pinto considerou que estas declarações são "uma linha que tem sido seguida por este Governo, muito em particular no que diz respeito aos trabalhadores", referindo que estas alterações à lei laboral não estavam no programa eleitoral da AD das últimas legislativas.
"Essa nova declaração da senhora ministra vem provar isso mesmo: que este Governo, na verdade, fala muito em diálogo, mas está muito pouco interessado em ter esse diálogo franco, certamente com os trabalhadores e os seus representantes", criticou.
Considerando que as alterações à lei laboral não podem ser feitas "sem diálogo" e "contra os trabalhadores", o deputado do Livre considerou que esta declaração de Maria do Rosário Palma Ramalho é uma "ameaça até" e vem "no seguimento daquilo que está na própria proposta do Governo relativa à lei de trabalho".
"Também aí tenta enfraquecer o direito à greve, ao querer alargar aquilo que é considerado serem os setores essenciais para ter serviços mínimos garantidos. Não é de todo a minha visão para o trabalho", condenou.
Para Jorge Pinto, "tudo o que sirva para enfraquecer" o direito à greve "é errado".
"O Governo está agora a tentar correr atrás do prejuízo, mas com esse tipo de declarações não me parece que esteja a fomentar e a querer um diálogo franco, certamente não com os trabalhadores e seus representantes", condenou.
Sobre a questão das razões políticas, o candidato apoiado pelo Livre questionou: "o que é que não é político na nossa vida?"
"Não é igualmente político o facto de o Governo ter avançado com estas propostas sem que elas estivessem no programa Eleitoral da AD? Não é igualmente político que o Governo tenha agora estas declarações ao querer enfraquecer o direito à greve dos trabalhadores? Tudo isso é política", enfatizou.
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