A edição de hoje
Manifestantes bloquearem entrada para Jersualém contra mudanças nas regras de recrutamento obrigatório.
Um protesto de grandes dimensões tomou conta das ruas israelitas. Centenas de milhares de judeus ultra-ortodoxos, esta quinta-feira, manifestam-se contra o recrutamento obrigatório no país na guerra em Gaza.
Segundo o The Times of Israel, os manifestantes bloquearam a entrada para Jersualém e obrigaram ao corte de vários dos principais acessos da cidade, numa demonstração contra alterações às regras de conscrição para o serviço militar.
A "marcha do milhão", como foi batizada, que decorre esta tarde, tem sido marcada por alguns momentos de tensão e relatos de violência contra membros da comunicação social, que já levaram a União de Jornalistas de Israel a pronunciar-se.
Historicamente, os vários grupos da comunidade ultra-ortodoxa, que perfaz cerca de 14% da população israelita, beneficiaram de exceções de caráter religioso para não servirem nas Forças de Defesa de Israel (IDF), que no país é obrigatório.
Os últimos meses têm sido marcados por um aumento da pressão na sociedade israelita para encurtar as exceções existentes, bem como pela detenção de centenas de jovens ultra-ortodoxos à procura de evitar o serviço obrigatório.
Os Haredi (denominação destas várias comunidades), conhecidos pelo seu tradicionalismo, obediência rígida às leis religiosas do Judaísmo e rejeição dos costumes moderos, têm-se manifestado contra esta pressão, por considerarem que coloca em causa o seu modo de vida.
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