18 mortos em ataques de retaliação dos EUA na Síria e no Iraque
Trata-se de uma resposta ao ataque com 'drone' que matou três soldados norte-americanos.
Os EUA realizaram esta sexta-feira ataques de retaliação no Iraque e na Síria como resposta ao ataque com 'drone' na Jordânia que matou três soldados norte-americanos e feriu 40 pessoas. Segundo a Reuters, as Forças Armadas dos EUA atingiram mais de 85 alvos de instalações ligadas à Guarda Revolucionária do Irão e a grupos pró-iranianos e já há registo de pelo menos 18 mortos.
Do lado sírio, os ataques aéreos mataram 13 militantes e destruíram 17 posições de grupos armados apoiados por Teerão na província oriental de Deir al Zur, segundo um comunicado da organização não-governamental (ONG) Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado no Reino Unido e com uma extensa rede de colaboradores no terreno.
"A nossa resposta começou hoje. Continuará nos momentos e lugares que escolhermos. Os Estados Unidos não procuram o conflito no Médio Oriente ou em qualquer outra parte do mundo. Mas que saibam todos aqueles que nos possam querer mal que se fizerem mal a um americano, nós responderemos", lê-se num comunicado do presidente norte-americano, Joe Biden.
O Comando Central do Exército dos Estados Unidos (Centcom) detalhou que a operação aérea ocorreu às 16h00 (21h00 em Lisboa), e utilizou mais de 125 munições de precisão. Entre os locais atacados estão centros de comando e inteligência, bem como infraestruturas de armazenamento de 'drones' e mísseis pertencentes a milícias e forças iranianas "que permitiram ataques contra forças norte-americanas e da coligação".
Os Estados Unidos tinham reforçado as defesas na base militar na Jordânia atacada por militantes apoiados pelo Irão como forma de preparação para os ataques de retaliação.
Num momento em que parece iminente uma retaliação militar dos EUA, diversos grupos da resistência iraquiana apelaram ao prosseguimento dos ataques contra as forças norte-americanas instaladas no Médio Oriente.
Em comunicado divulgado, a Harakat al-Nujaba, uma das mais poderosas milícias iraquianas, anunciou planos para o prosseguimento das operações militares contra as tropas dos EUA, apesar de outras fações terem apelado ao fim das ações armadas na sequência do ataque com 'drone' no passado domingo na Jordânia.
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