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Aliados tentam convencer Bolsonaro a desistir de reeleição para evitar derrota

Sondagens apontam para derrota do atual presidente do Brasil.

04 de outubro de 2021 às 20:09

Aliados do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ligados ao agronegócio e a movimentos evangélicos, duas das principais bases de apoio do governante, estão a tentar convencê-lo a desistir de tentar reeleger-se nas presidenciais de 2022. A missão, quase impossível ante a ideia fixa de Bolsonaro de continuar no poder a qualquer custo, é uma tentativa de evitar a fragorosa derrota que as sondagens vaticinam ao presidente nas eleições de 2022, o que, além de o afundar politicamente, poria fim aos projetos políticos dos que hoje ainda o apoiam.

Sejam quais forem as sondagens avaliadas, todas estimam que Jair Bolsonaro seja derrotado nas presidenciais do próximo ano, e por uma margem constrangedora. Pelos levantamentos realizados até agora, quando falta um ano para as eleições, o ex-presidente Lula da Silva vence em qualquer cenário, seja qual for o seu adversário, e Bolsonaro, se conseguir passar para a segunda volta, perde para todos os até agora potenciais outros candidatos.

Ainda de acordo com as últimas sondagens, o presidente é rejeitado por 53% dos brasileiros, e 69% dizem não confiar nele. O brutal aumento de preços verificado desde o início do ano, principalmente alimentos, combustíveis, medicamentos, gás de cozinha e outros produtos de primeira necessidade, corroeu ainda mais a popularidade do chefe de Estado, que também assusta muita gente com o seu estilo agressivo e as constantes ameaças de dar um golpe de Estado.

Por tudo isso, cresce cada vez mais a pressão de aliados, por enquanto nos bastidores, para que Bolsonaro desista da reeleição, que, no cenário actual, se apresenta como uma tragédia anunciada, e indique outra pessoa, talvez um dos poucos ministros com alguma aprovação popular, para o representar. Bolsonaro deixaria o cargo a que se agarra com ambas as mãos, mas permitiria, se o seu indicado vencesse, a continuação do Bolsonarismo, mantendo os aliados na condução do país e podendo tentar voltar à presidência em 2026, nessa altura, quem sabe, com menos rejeição.

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