Sergei Skripal foi encontrado “inconsciente e irresponsivo” num banco de jardim ao lado da filha.
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Um ex-espião russo acometido por uma doença misteriosa num banco de jardim, suspeitas de envenenamento com um misterioso agente tóxico... Podia ser o início de mais um romance de espionagem de John Le Carré, mas aconteceu mesmo e o espião em causa estava esta terça-feira a lutar pela vida num hospital britânico. As semelhanças com o ‘caso Litvinenko’ são evidentes e a Rússia é, mais uma vez, suspeita de tentar eliminar um ‘traidor’ no estrangeiro.
Sergei Skripal, um antigo agente duplo russo que vendeu aos serviços de informações britânicos a identidade de dezenas de agentes do GRU, a secreta militar russa, nos anos 90, foi encontrado domingo num banco de jardim da pacata localidade britânica de Salibury ao lado da filha, ambos "inconscientes e irresponsivos".
Estão ambos em estado crítico e os médicos ainda não conseguiram perceber o mal que os aflige, e os testes toxicológicos realizados até ao momento foram inconclusivos. A polícia acredita que Skripal, de 66 anos, e a filha, Yulia, de 33, foram envenenados com uma "substância tóxica desconhecida" e isolou um restaurante e um pub nas imediações do jardim onde os dois foram encontrados. Dois polícias que prestaram os primeiros socorros foram hospitalizados e um deles ainda permanecia ontem internado, mas o seu estado não era considerado grave.
Skripal, antigo coronel do GRU, vive no Reino Unido desde 2011, um ano após ter deixado a Rússia na maior e mais conhecida troca de espiões entre Moscovo e o Ocidente desde o final da Guerra Fria. Estabeleceu-se em Salisbury com a mulher e a filha, e vivia uma vida tranquila e discreta sob o seu nome verdadeiro.
Em 2006, tinha sido condenado na Rússia a 13 anos de prisão por traição e espionagem. Durante quase uma década, vendera segredos militares e informações confidenciais ao MI6, incluindo a identidade de dezenas de agentes russos infiltrados no Ocidente.
Vladimir Putin, ele próprio um antigo agente do FSB, os serviços de contra-espionagem russos, disse uma vez que "os traidores acabam sempre mal".
Libertado em troca de Anna Chapman
Chapman e os companheiros formavam parte de uma ‘rede adormecida’ de espiões russos que viviam há vários anos no Ocidente. Filha de um diplomata russo, foi primeiro enviada para o Reino Unido, onde chegou a casar-se com um cidadão britânico, e depois para os EUA. A extensão dos seus contactos nunca chegou a ser revelada.
A troca de espiões ocorreu em junho de 2010 na pista do aeroporto de Viena e foi a maior operação do género desde o final da Guerra Fria. Após regressar a Moscovo, Chapman notabilizou-se como modelo e apresentadora de TV, e há mesmo quem diga que teve uma relação amorosa com Vladimir Putin.
Reino Unido adverte para consequências
"Não sabemos ao certo o que se passou mas, se for aquilo que parece, é mais um crime numa longa lista atribuída ao Kremlin", disse, adiantando que o governo britânico poderá não se fazer representar no Mundial de futebol da Rússia como retaliação.
Kremlin rejeita responsabilidade
Já a embaixada russa em Londres diz que o caso está a ser usado para "demonizar Moscovo".
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