André Mendonça, de 48 anos, já era cotado para o cargo desde 2019, quando Bolsonaro assumiu a presidência
Um pastor "terrivelmente evangélico", na definição feita pelo presidente Jair Bolsonaro, vai ser o próximo juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. André Mendonça, pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, de Brasília, foi confirmado pelo presidente brasileiro para a vaga no STF que será aberta no próximo dia 12 pela saída por reforma do magistrado Marco Aurélio Mello, que atingiu o limite de idade.
André Mendonça, de 48 anos, já era cotado para o cargo desde 2019, quando Bolsonaro assumiu a presidência, e a confirmação do seu nome agradou à ala mais radical do governo e dos seguidores do presidente. Considerado ao longo de toda a carreira um profissional estrictamente técnico e altamente capacitado na área do Direito, desde que assumiu cargos no governo de Jair Bolsonaro André Mendonça revelou-se um ultra-conservador, totalmente alinhado com as posições extremistas do chefe de Estado.
Logo no início do governo Bolsonaro, em Janeiro de 2019, Mendonça foi nomeado ministro da AGU, Advocacia-Geral da União, o órgão a quem cabe a defesa do governo. Em Abril do ano passado, quando o então ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro, rompeu com o governo, André Mendonça ocupou a pasta, ficando até ao início deste ano, quando interesses políticos o fizeram voltar para o cargo anterior, na AGU.
Bolsonaro, que tem colocado em grande número de cargos-chave evangélicos e militares, para garantir o prosseguimento da sua agenda ultra-conservadora, já em Abril de 2019 tinha afirmado que iria colocar no STF uma pessoa "terrivelmente evangélica". O nome de Mendonça logo foi aventado, mas no final do ano passado Bolsonaro optou por indicar para a primeira vaga surgida no STF no seu governo o polémico juiz Cássio Nunes Marques, que tem chocado o meio jurídico adoptando posições sempre alinhadas ao governo através de uma interpretação exclusivamente pessoal das leis vigentes.
Agora, e para tentar recuperar parte do apoio no mundo evangélico, claramente insatisfeito com ele, Bolsonaro confirmou na mais alta instância da justiça brasileira o tal nome "terrivelmente evangélico". Apesar de ser conhecido mais pelo conservadorismo e pela submissão a Bolsonaro, André Mendonça tem uma sólida formação académica, tendo-se formado inicialmente em Ciências Jurídicas e Sociais e tendo feito especialização em Direito Público na Universidade de Brasília, ele tornou-se Doutor e Mestre em Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
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