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Escândalos forçam demissão na polícia de Londres

Autarca perde confiança na chefe da Scotland Yard Relatório. Investigação revela que agentes brincam com violações e morte de bebés.

12 de fevereiro de 2022 às 09:34

Racismo, discriminação sexual, misoginia, homofobia, assédio entre agentes e bullying. A lista de problemas na Polícia Metropolitana de Londres é enorme e levou à demissão de Cressida Dick, a primeira mulher a liderar a Scotland Yard. Estava no cargo há quatro anos, mas perdeu a confiança do autarca da capital britânica, Sadiq Khan, após sucessivos escândalos.

"Não estou satisfeito com a resposta da comissária", referiu o presidente da câmara de Londres, acrescentando ser clara a necessidade de uma "nova liderança no topo da Polícia Metropolitana". Cressida Dick disse que não teve alternativa a não ser afastar-se do cargo.

A confiança na Polícia Metropolitana foi abalada em março do ano passado com a morte de uma mulher, Sara Everard, de 33 anos, às mãos de um polícia, e agravada, na semana passada, com a divulgação de um relatório onde são denunciados inúmeros escândalos sexuais. A investigação revelou mensagens entre agentes a brincar sobre violações, a morte de bebés negros e o Holocausto. As mensagens foram partilhadas num grupo de 19 polícias, quase todos da esquadra de Charing Cross, no centro de Londres.

A demissão de Dick, 61 anos, especialista no combate ao terrorismo, surge depois de a polícia enviar questionários a mais de 50 pessoas do governo sobre as festas durante a pandemia.

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