Tempestade atingiu a Florida este domingo. Mais de 2.4 milhões de edifícios sem eletricidade.
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O furacão Irma, que atingiu este domingo em força o extremo sul da Florida com ventos de 215 quilómetros/hora, já causou pelo menos três mortes naquela região dos Estados Unidos, informaram meios de comunicação locais.
Uma das mortes foi a de um homem que terá perdido o controlo do camião que conduzia devido à intensidade do vento, na localidade Monroe, acabando por se despistar. As outras duas mortes também estarão relacionadas com despistes decorrentes das péssimas condições de circulação.
Citado pela agência de notícias espanhola Efe, o presidente do município de Monroe, Rick Ramsay, indicou que as autoridades apenas retiraram o corpo quando viram que podiam "sair e removê-lo de forma segura", ou seja, quando os ventos acalmaram.
As outras duas mortes registaram-se na localidade de Hardee, no interior da Florida, e terão ocorrido na sequência de um choque frontal de automóvel provocado pelas fortes chuvas associadas ao furacão.
Trump fala de "grande monstro"
Pelas 16h30 locias (21h30 em Portugal, o presidente Donald Trump falou sobre o perigo a que os americanos estão sujeitos. " A má notícia é que vem aí um grande monstro". Trump garante que "neste momento estamos preocupados com as vidas, não com os custos" e reforçou a necessidade de que todos cumpram as ordens de retirada dos locais por onde o furcão vai passar. "Espero que não haja demasiadas pessoas no caminho".
O presidente americano promete que vai viajar para a Florida "assim que possível".
Inundações levam caos a Miami
As chuvas intensas e as rajadas de vento poderosas do furacão Irma deixaram Miami, no estado norte-americano da Florida, numa situação caótica, com milhares de pessoas sem eletricidade, ruas inundadas e árvores caídas.
Várias ruas de Miami Beach, Brickell e Downtown são incapazes de drenar a chuva que cai com intensidade desde sexta-feira à tarde, numa cidade que, todavia, respira de alívio por já não estar na trajetória do olho do furacão, como inicialmente estimaram os serviços meteorológicos.
O impacto do Irma, que baixou para a categoria 3 - a terceira mais grave -, é tal que, apesar dos 200 quilómetros que separam Miami do olho do furacão, a água chega à altura da cintura em algumas zonas do sétimo condado mais populoso do país, com mais de 2,6 milhões de habitantes.
O outro perigo é o aumento do nível do mar, que entrou em algumas zonas da cidade e podem ver-se alguns barcos, normalmente ancorados nas marinas desportivas, a navegar sem rumo nas ruas.
Em Coral Gables, a força do vento fez cair muitas árvores, muitas delas centenárias.
O furacão tocou terra esta madrugada em Cayos, no extremo sul do estado, como categoria 4 e ventos de 215 quilómetros/hora, com rajadas ainda superiores.
Também caíram pelo menos vinte grandes guindastes utilizados na construção de torres de apartamentos e escritórios do centro de Miami.
A cidade, bem como grande parte do estado, encontra-se sob alertas de tornados perigosos, que já começaram a ocorrer na sexta-feira à tarde no sul da Florida.
Mais de 2.1 milhões de casas e negócios sem eletricidade na Florida
Na manhã deste domingo, o Irma atingiu a ilha de Key West, no extremo sul da Florida, com ventos de 215 quilómetros/hora, e já causou pelo menos três mortos na região.
O "muro do olho" do furacão - onde os ventos são mais fortes - tocou a ponta sul do arquipélago das Keys, indicou o Centro de Furacões norte-americano num comunicado às 11h00 TMG (12h00 em Lisboa).
O furacão Irma, o mais poderoso registado no Atlântico, fez até agora pelo menos 25 mortos à passagem pelas Caraíbas.
Tinha depois reduzido de intensidade, descendo para a categoria 3, mas voltou à categoria 4 (numa escala de 5) ao aproximar-se da Florida.
Irma chega em fúria
O Irma gerou no sábado fortes tornados no sul da Florida, à medida que o olho do furacão se aproximava da zona de Florida Keys, onde deverá chegar na manhã deste domingo, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Segundo os meios de comunicação locais, vários tornados foram observados no sul da Florida e pelo menos um deles tocou terra em Oakland Park, a 55 quilómetros norte de Miami.
O Centro Nacional de Furacões já tinha alertado que "é possível que se produzam alguns tornados esta tarde e noite [sábado] no sul da Florida que podem alargar-se ao centro do estado no domingo".
O furacão Irma, atualmente de categoria 3, registava, pela 01h00 de hoje (hora de Lisboa) ventos máximos sustentados de 195 quilómetros por hora e encontrava-se a 45 quilómetros de Varadero (Cuba) e a 175 quilómetros de Key West (na Florida).
O ciclone, que causou a morte de pelo menos 25 pessoas à sua passagem pelo Caribe, desloca-se para oeste-noroeste a 11 quilómetros por hora.
Segundo a previsão de trajetória, o centro do Irma vai continuar o percurso pela costa norte de Cuba durante mais algumas horas, e "deverá aproximar-se dos Florida Keys no domingo de manhã", indicou o Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami.
Espera-se que o ciclone "se mova ao largo ou perto da costa sudoeste da Florida no domingo à tarde". Assim, os condados mais populosos do estado, Miami-Dade, Broward e Palm Beach podem escapar aos piores efeitos do Irma.
Um avião 'caça-furacões' da Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera que voou sobre o Irma detetou que a intensidade do fenómeno meteorológico era de ventos sustentáveis de 195 quilómetros, com rajadas mais fortes.
No entanto, os especialistas do Centro Nacional de Furacões consideram que o Irma vai voltar a fortalecer-se "quando se afastar de Cuba e permanecerá um poderoso furacão ao aproxima-se da Florida".
A combinação de "grandes e destrutivas" ondas e fortes tempestades pode provocar o aumento do nível do mar e fazer com que zonas normalmente secas perto da costa registem entrada de água.
Nestas zonas, alertam, podem registar-se inundações mortais e deslizamentos de terras.
Trump exorta população a evitar trajetória
O Presidente dos EUA, Donald Trump, recordou no sábado à população norte-americana o "enorme poder destrutivo" do furacão Irma e exortou que evitem a sua trajetória, segundo as instruções das autoridades.
"Esta é uma tempestade com um enorme poder destrutivo e peço a todos que estão na sua trajetória que sigam todas as instruções dos funcionários do Governo", disse Trump no início de uma reunião no seu gabinete de retiro presidencial de Camp David (Maryland).
"Parece que o Irma vai ser realmente mau. Mas, estamos preparados tanto quanto de pode para algo assim", indicou o Presidente, segundo um vídeo do início da reunião que publicou na sua conta no 'Twitter'.
Trump e sua mulher, Melania, passam este fim de semana em Camp David com todo o gabinete para abordar as prioridades do Governo e acompanhar a evolução da chegada à Florida do Irma, o mais potente furacão registado até ao presente no Atlântico.
"A minha administração está a seguir a evolução do furacão Irma de forma contínua. Estamos em constante contacto com os funcionários estatais e locais. Faremos os possíveis para salvar vidas e apoiar os necessitados", assinalou Trump.
Os alertas do chefe da Casa Branca foram ainda reforçados pela mensagem do governador da Florida, Rick Scott, que referiu que as pessoas que receberam ordem de retirada devem fazê-lo de imediato.
O governador frisou que esta é a última hipótese de tomarem uma boa decisão e disse que milhões de pessoas se vão confrontar com ventos ciclónicos e violentas tempestades com a aproximação do Irma.
O Irma fez, até agora, pelo menos 25 mortos à passagem pelas Caraíbas, segundo números compilados pela agência France-Presse.
O furacão já esteve na categoria máxima na escala Saffir-Simpson (5), já passou para categoria 4 e agora desceu para 3, após ter tocado terra, na sexta-feira à noite, na costa norte de Cuba. Ameaça agora costa sudoeste da Florida, nos Estados Unidos.
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