Ex-governador de São Paulo ficou tão isolado que não teve outra solução a não ser desistir.
O ex-governador do estado brasileiro de São Paulo João Doria, que renunciou ao cargo em Abril como a lei exige para se candidatar às presidenciais de Outubro, anunciou esta segunda-feira a desistência dessa candidatura, seu maior sonho de sempre. Doria foi forçado a isso pelo próprio partido, o Partido da Social Democracia Brasileira, PSDB, depois de não conseguir resultados substanciais nas sondagens.
"Retiro-me da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve, com a sensação de dever cumprido e de missão realizada. Esta segunda-feira, neste 23 de Maio, serenamente entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida."-Declarou João Doria ao anunciar não ser mais candidato à presidência do Brasil, projecto pelo qual lutou com todas as suas forças.
Doria, jornalista de formação e empresário milionário do campo da Comunicação e do Marketin, foi o vencedor das eleições prévias internas realizadas no final do ano passado pelo PSDB para escolher o seu candidato próprio às presidenciais deste ano, mas a direcção do partido nunca escondeu que preferia o ex-governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que ficou em segundo lugar. Leite, que também renunciou ao governo do seu estado para se candidatar, inicialmente não aceitou o resultado das eleições internas e começou uma campanha paralela, tentando ser o indicado pelo PSDB, o que acabou por dividir fortemente o partido.
João Doria tentou obrigar a cúpula do PSDB a respeitar as prévias e confirmar a sua indicação, mas ficou tão isolado que não teve outra solução a não ser desistir. Em todas as sondagens divulgadas até agora, Doria não conseguiu mais do que 3% das intenções de voto, isto na melhor das hipóteses, o que frustou a sua intenção de ser o candidato da chamada Terceira Via, um candidato em alternativa a Lula da Silva, à esquerda, e Jair Bolsonaro, à direita, que lideram a disputa.
Em 2018, João Doria, que dois anos antes tinha sido eleito presidente da câmara da cidade de São Paulo, renunciou ao cargo e lançou-se candidato a governador do estado de mesmo nome, tendo sido eleito ao ligar a sua imagem à do então candidato a presidente Jair Bolsonaro na luta contra a esquerda. Já como governador de São Paulo, João Doria foi-se afastando de Bolsonaro até se transformar no adversário mais crítico ao presidente, acabando por produzir contra si uma forte rejeição popular tanto à esquerda quanto à direita.
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