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Linguagem corporal de Donald Trump mostra desespero

Presidente dos EUA tentou mostrar domínio durante encontro com Kim Jong-un.

12 de junho de 2018 às 08:19

Um especialista em linguagem corporal garante que a forma como o Presidente dos EUA abordou Kim Jong-un mostra "desespero" em "mostrar que é ele quem manda".

Em entrevista à Sky News, Paul Boross analisou o comportamento dos dois líderes durante o seu histórico aperto de mãos e nos momentos que se seguiram e concluiu que Donald Trump tentou por tudo "assumir a liderança". Prova disso foram as palmadas que Trump deu repetidamente no braço de Kim.

"O Trump tenta controlar. Esse é um indicador de controlo. Ele tentou dominar e deu tantas palmadas quanto conseguiu, o que é curioso, porque assim acabou por não mostrar, necessariamente que era ele que estava em controlo da situação", assegura Boross. "O que acabou por mostrar foi um homem que estava desesperado para mostrar que mandava. Acho que o Kim, ao ficar quieto e sem reagir aos toques, acaba por mostrar que controla a situação sem ter de ser visto a controlar a situação", acrescenta.

De resto, o primeiro encontro foi "muito muito encenado": se, antes, tocar no braço de uma pessoa era visto como um "gesto de amizade", agora este foi "usurpado" pelos políticos, ganhando uma conotação de falsidade.

"O Trump e o Kim não estavam a comportar-se assim por eles, estavam a fazê-lo para quem estava a ver em casa e são muito claros nas mensagens que querem transmitir", admite.

Donald Trump já é famoso pelos seus apertos de mão vigorosos a líderes internacionais, onde normalmente chega mesmo a puxar o "oponente" para si. Aqui, no entanto, tal não aconteceu porque, adianta o analista, Kim Jong-un "fez o seu trabalho de casa" e não deixou que tal acontecesse.

Mais tarde, os dois líderes sentaram-se em conjunto, o que também deixou algumas indicações sobre o que se passava na cabeça de Trump e Kim. Este último fez um bom trabalho a "controlar o espaço" ao sentar-se, enquanto que o Presidente norte-americano, sempre a mexer as mãos, mostrou uma certa "impaciência silenciosa".

Outro detalhe que poderá ter passado despercebido aos comuns mortais: Kim Jong-un estava mais "alto" que o costume, o que poderá indicar que o líder norte-coreano usou saltos nos sapatos para parecer mais alto.

No final, as contas não são assim tão óbvias: o especialista em linguagem corporal acredita que, somando tudo, os dois líderes ficaram "empatados" e, com os olhos do Mundo colocados em si, até conseguiram mostrar que estavam, "pelo menos, confortáveis" na presença um do outro.

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